Cid enviou a Bolsonaro certificado de venda de relógio de US$ 51 mil
Mensagens interceptadas pela Polícia Federal (PF) apontam que Mauro Cid enviou a Bolsonaro certificado de venda de relógio de US$ 51 mil
atualizado
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Mensagens interceptadas pela Polícia Federal (PF) apontam que Mauro Cid enviou ao então presidente Jair Bolsonaro certificado de venda de relógio de US$ 51 mil. Como Bolsonaro teria ganho o presente em viagem oficial, na condição de chefe de Estado, o objeto não poderia ter sido negociado.
“As fotografias encontradas indicam que MAURO CÉSAR BARBOSA CID tinha armazenado dados do referido relógio na nuvem relacionada
ao seu e-mail pessoal, inclusive informações quanto ao valor do modelo (US$ 51.665,00).”
“Há ainda registro de que a imagem contendo os dados foi encaminhada ao telefone 556182919606, associado ao contato cadastrado como ‘Pr Bolsonaro Ago/21’, na data de 16/11/2021. Na referida ocasião, MAURO CÉSAR BARBOSA CID viajava com a comitiva do então Presidente da República, JAIR BOLSONARO, e se encontrava na cidade de Manama, capital do Bahrein.”
Crime de peculato
Na análise dos dados telemáticos de Mauro Cid foi encontrada, ainda, uma fotografia do certificado do relógio Patek
Philippe, indicando que foi vendido pelo estabelecimento Bahrain Jewellery Centre W.L.L. E um print do envio do certificado ao contato “Pr
Bolsonaro Ago/21”.
Nas investigações, a Polícia Federal apontou indícios de que peculato por parte de Bolsonaro, fato antecipado pela coluna na semana passada ao mostrar que a corporação investigava um Rolex que Cid tentou negociar. O crime de peculato ocorre quando um funcionário público, em razão do cargo, toma posse de bem público em benefício próprio ou de terceiros. O Código Penal prevê prisão de dois a 12 anos e multa.