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Cid disse que Bolsonaro não largaria golpistas: “Se f0deu a vida toda”

Em áudio enviado a colega de farda, Mauro Cid disse que Bolsonaro não abandonaria os militares que participassem de suposto plano golpista

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Tenente-coronel do Exército Brasileiro, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, fica em silêncio durante sessão da CPMI do 8 de Janeiro
1 de 1 Tenente-coronel do Exército Brasileiro, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, fica em silêncio durante sessão da CPMI do 8 de Janeiro - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Então ajudante de ordens da Presidência, o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que Jair Bolsonaro não abandonaria militares que aderissem ao suposto plano de golpe de Estado para mantê-lo no poder, no fim de 2022. Em áudio enviado a um colega de farda, Cid afirmou que o então mandatário “se f0deu a vida toda” por defender suas posições. A informação consta no relatório final da Polícia Federal, cujo sigilo foi derrubado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes nesta terça-feira (26/11).

Em diálogo obtido pela PF, o tenente-coronel Mauro Sérgio Cavaliere escreveu a Mauro Cid, em 29 de novembro de 2022: “Espero que o PR [presidente da República] não se esqueça dos que estão indo para o sacrifício”. O ajudante de ordens, então, respondeu: “Cara, ele mesmo sabe o que é isso, né? Ele tomou vinte dias de cadeia quando era capitão, porque escreveu carta a uma revista. Foi pra Conselho de Justificação porque botaram na conta dele aquela operação pra explodir Guandu. Se f0deu a vida toda. Então, ele sabe o que que é”.

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Diálogo entre Mauro Cid e Cavaliere, sobre Bolsonaro.
Mauro Cid e Bolsonaro durante a posse presidencial em 2019
Mauro Cid foi ajudante de ordens de Jair Bolsonaro durante todo o governo
Mauro Cid deu explicações para a PF após seu advogado dar entrevistas sobre o inquérito do golpe
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Mauro Cid e Bolsonaro durante a posse presidencial em 2019

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Mauro Cid foi ajudante de ordens de Jair Bolsonaro durante todo o governo

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Mauro Cid deu explicações para a PF após seu advogado dar entrevistas sobre o inquérito do golpe

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Cavaliere estava preocupado porque, minutos antes, recebeu uma mensagem do então comandante militar do Sul, Fernando José Sant’ana Soares e Silva, na qual ele avisou que os militares que aderissem a qualquer iniciativa golpista enfrentariam a lei. O comunicado foi disparado no WhatsApp após a divulgação da Carta dos Oficiais da Ativa, que instigou a militância bolsonarista a continuar acampada em frente aos quartéis.

“Srs, bom dia. Alertem aos seus subordinados que adesão a esse tipo de iniciativa é inconcebível. Eventuais adesões de militares da ativa serão tratadas, no âmbito do CMS [Comando Militar do Sul], na forma da lei, sem contemporizações”. Ao receber a mensagem do comandante, encaminhada por Cavaliere, Mauro Cid respondeu: “Já era esperado”.

Bolsonaro e militares na mira da PF

A PF indiciou Jair Bolsonaro e mais 36 pessoas na última semana. Desse total, 25 são militares. Entre esses fardados, 24 são do Exército e um faz parte do quadro da Marinha. A Força Aérea não teve indiciados.

Dois desses militares já comandaram Forças: o almirante Almir Garnier Santos (Marinha) e o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira (Exército). Há também ex-ministros na lista de indiciados: os generais Augusto Heleno e Braga Netto, que fizeram parte do governo do presidente Jair Bolsonaro, que é capitão.

Eles foram indiciados por supostamente arquitetar um golpe de estado e planejar os assassinatos do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

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