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Cantora sobre dança erótica em universidade pública: “Educar com o c*”

A cantora Tertuliana Lustosa, de “A travestis”, explicou objetivo com dança erótica em universidade pública na Bahia: “Educar com o c*”

atualizado

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A cantora Tertuliana Lustosa, de “A travestis”, apresentou seus argumentos para justificar a dança erótica que performou em universidade pública na Bahia. Segundo ela, a intenção seria “educar com o c*”.

Tertuliana afirma que pretende inaugurar o projeto “Escolinha do koo” para expandir sua carreira acadêmica. Como mostrou a coluna, o episódio ocorreu esta semana numa sala de aula da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Na exibição, a cantora ficou de quatro em cima de uma carteira enquanto rebolava ao som de frases como “chacoalha o rabo” e “dá murro na costela do viado”.

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Cantora se apresentou em seminário em universidade pública na Bahia
Batcu: dança erótica em evento do Ministério da Saúde causou demissão no Ministério da Saúde
Vídeo mostra dança "Batcu" em evento do MS
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Apresentação erótica de "A travestis" também ocorreu em universidade pública na Bahia

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Cantora se apresentou em seminário em universidade pública na Bahia

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Batcu: dança erótica em evento do Ministério da Saúde causou demissão no Ministério da Saúde

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Vídeo mostra dança "Batcu" em evento do MS

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Ao se pronunciar sobre o caso, Tertuliana rebateu críticas que recebeu nas redes sociais e defendeu a apresentação erótica, performada no seminário Desfazendo Gêneros. Exibições do tipo, disse, sinalizam “um novo rumo da educação”.

“Sobre essa questão da educação, eu recentemente fiz uma apresentação chamada ‘Educando com o c*’. Uma roda de conversa na qual pensamos quais as potências e as possibilidades de se expressar através da educação, não tradicionalmente, mas através da dança.

Universidade pública tem dança erótica de “A travesti” em sala de aula

Quando a gente fala c*, muitas vezes a gente tá designando um movimento de bundas, que é evocado no funk, no pagodão, no techno brega, no brega-funk. E é bem o que eu faço com a minha música, né?”, pontuou.

“Então transporto algo que está no universo da minha produção musical para o campo da educação. Sou mestranda na UFBA [Universidade Federal da Bahia] em cultura e sociedade e também passei recentemente na graduação em Pedagogia, porque isso me despertou um grande sentimento de me aprofundar e pesquisar sobre essa parte da educação.

Desde o ensino médio me questiono muito sobre essa metodologia tradicional, que geralmente envolve sofrimento. O que isso tem de vetor de opressão, de colonialidade”, disse a cantora.

“E com o passar do tempo, fui vendo que é possível uma outra educação. É possível apontar para novos rumos da educação. E por que não dançar em sala de aula?

Eu estava ali diante de uma série de adultos, todos na universidade, pessoas que debatem sobre gênero e sexualidade. Não vi nenhum problema de cantar a minha música. O pessoal ainda cantou comigo”, completou a cantora.

“Chacoalha o rabo”

Em uma rede social, a cantora escreveu que tem planos de estender sua jornada acadêmica:

“Aprender não precisa doer e o nosso corpo não é proibido. Muito em breve estarei anunciando a minha Escolinha do Koo e quem quiser colar estarei de portas abertas”.

A letra da música performada por Tertuliana na universidade diz:

“Pede para o maloca dar murro na sua costela. É só uma brincadeira, diga ao pai ‘machuca ela’. Chama a travestis, que vai dar babado, chama o Elipe, que vai dar babado.

Vai, maceta esse novinho do prêmio bumbum bolado. Para na posição, chacoalha o rabo. Murro, murro, murro, na costela do viado”.

Esse é o principal hit da cantora.

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