Câmara de SP engaveta cassação de Nunes e pode derrubar 3 do PSol
Pedido de cassação de Nunes foi rejeitado e, em seguida, corregedoria passou a avaliar três representações contra vereadores do PSol
atualizado
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A Câmara Municipal de São Paulo desengavetou nesta sexta-feira (27/9) representações contra três dos cinco vereadores do PSol, partido de oposição. O ato ocorreu após a Casa rejeitar o pedido de cassação contra o prefeito Ricardo Nunes (MDB). O requerimento contra o atual gestor foi feito pela psolista Elaine do Quilombo Periférico.
Os processos foram pautados pela Corregedoria da Câmara Municipal, órgão comandado pelo vereador Rubinho Nunes (União). Ele foi apoiador de Ricardo Nunes, mas hoje faz campanha para Pablo Marçal. A Casa, porém, é comandada pelo vereador Milton Leite (União), que apoia a reeleição do atual prefeito da capital paulista.
Além de Elaine, são alvo de representações os vereadores Luana Alves e Toninho Vespoli. Todos os processos tiveram pedidos de vistas concedidos pelo prazo máximo de dois dias corridos. Eles voltarão à pauta da Corregedoria na próxima segunda-feira (29/9).
O processo contra Luana é foi protocolado pela bancada do PL e pede a suspensão do mandato da vereadora por até 90 dias. Ele ocorreu por causa de uma discussão com a vereadora Rute Costa (PL) no plenário, no dia 5 de junho. A Casa discutia a Parada do Orgulho LGBT+.
No caso de Elaine, o pedido de cassação ocorre por causa de uma confusão numa audiência pública sobre a privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), em abril.
Na ocasião, a vereadora Sonaira Fernandes (PL) acusou Elaine do Quilombo Periférico de agressão ao mexer no microfone de fala. O caso levou a dois pedidos de cassação, um contra cada.
O pedido contra Nunes
Como mostrou a coluna, a Câmara de São Paulo aprovou na última terça-feira (24/9) a criação de uma comissão especial para analisar um pedido de cassação do prefeito Ricardo Nunes. No dia seguinte, o pedido foi rejeitado.
A vereadora Elaine alegou que a prefeitura descumpriu uma decisão judicial ao promover “novas ações truculentas” na região conhecida como Cracolândia. O relatório do Coronel Salles (PSD) indicou que o prefeito não teve gestão direta sobre os casos. O parecer foi aprovado por 5 votos a 2.