Câmara vai reforçar segurança com 20 carabinas e miras ópticas
Armamentos devem custar cerca de R$ 470 mil à Câmara e serão usados na segurança do presidente da Casa e proteção de outros parlamentares
atualizado
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A Câmara dos Deputados vai reforçar a segurança da Casa com a compra de 20 carabinas e 10 miras holográficas para a Polícia Legislativa. Os armamentos serão utilizados na guarda do presidente da Câmara, Arthur Lira, de outros parlamentares que solicitem segurança pessoal.
A licitação, aberta nesta quinta-feira (14/12), inclui 10 miras ópticas e 10 “cases”, as maletas para transporte dos armamentos. Somente para a compra das carabinas, a Câmara deve desembolsar cerca de R$ 470 mil.
“O armamento e equipamento serão utilizados na segurança do presidente da Câmara dos Deputados e de outros deputados federais que solicitem a proteção policial por parte do Departamento de Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados (DEPOL). Os quantitativos se justificam pelas viagens realizadas pelos parlamentares, as quais exigem participação simultânea de várias equipes”, diz o edital de licitação.
O edital estabelece a compra de 7 carabinas semiautomáticas calibre 9mm com modelo de referência Fire Eagle/FE-908PR. No mercado, uma arma desse modelo está avaliada em cerca de R$ 18 mil, totalizando R$ 126 mil.
Entre as exigências feitas pelo edital estão o cumprimento máximo da arma em 720mm, trava seletora, plataforma M4/AR15/M16, coronha retrátil em quatro níveis, cor preta e cinco carregadores com capacidade entre 30 e 34 munições.
O segundo modelo a ser adquirido pela Câmara é semelhante ao primeiro, com a diferença do cano mais curto. A referência do armamento é a carabina semiautomática Fire Eagle/FE-905PR.
Enquanto a FE-908PR tem um cano de 8,5 polegadas (215 mm) e 9 polegadas (228,6 mm), o cano da FE-905PR não deve passar de 5,5 polegadas (139 mm) e 6 polegadas (152,4 mm), com comprimento total máximo de 635mm. A Câmara vai comprar 3 unidades dessa arma, avaliada em cerca de R$ 16 mil cada, totalizando R$ 48 mil.
O terceiro tipo de carabina na lista de compras da Câmara vai utilizar munição para fuzil calibre 5,56, padrão da OTAN. O modelo de referência é a carabina semiautomática Fire Eagle/FE-115S. Em média, cada armamento desse modelo custa cerca de R$ 30 mil. A Câmara pretende comprar 10 unidades dessa arma, com uma despesa de cerca de R$ 300 mil.
O armamento também deverá trazer cinco carregadores com capacidade entre 30 e 34 munições e ter a cor preta, além do comprimento máximo de 800 mm, comprimento do cano entre 11″ (279 mm) e 11,5” (292 mm) e peso máximo de 3,2 quilos.
“Os calibres informados constam em planejamento estratégico aprovado junto ao Exército Brasileiro como os mais eficazes para os cenários de atuação previstos para o DEPOL”, explica o edital.
Para as miras ópticas, a Câmara estabeleceu como referência o modelo Holosun Aems Red – 211301. Os 10 equipamentos licitados devem apresentar cor preta, resistência a choques e recuos, duplo padrão de retículo iluminado, 8 níveis de intensidade de iluminação definidas por botão ou anel no corpo do equipamento, entre outras exigências.
Cada mira óptica modelo Holosun Aems Red – 211301 pode custar, no mercado, até R$ 8 mil, totalizando uma despesa de R$ 80 mil.
As maletas para transporte dos armamentos, de acordo com o edital, deverá ter espaço para comportar também a mira óptica, ser fabricada em polipropileno, com revestimento interno de alta densidade. Elas também deverão apresentar quatro quatro travas de fechamento com pelo menos dois pontos para cadeados, além de uma alça na parte central externa.
A Polícia Legislativa da Câmara é responsável pela segurança do presidente da Casa em qualquer local do Brasil ou no exterior. A corporação também atua na segurança dos demais parlamentares, servidores e autoridades nas dependências da Câmara, bem como as funções de investigação, abertura de inquérito, revistas e cumprimento de mandados dentro da Casa.
O edital para compra das carabinas para a Polícia Legislativa foi lançado no dia seguinte à abertura de licitação, pela Polícia Federal (PF), para compra de 146 fuzis e acessórios a serem utilizados pela PF, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Civil do Rio de Janeiro. A aquisição, neste caso, vai custar R$ 40 milhões ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.