Governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União) trocou os comandantes de sete colégios militares após a coluna revelar um relatório de inteligência que aponta tráfico de influência e pagamento de propina a um deputado estadual em troca de promoções de oficiais nas unidades de ensino. Também foram apurados o superfaturamento na compra de material escolar e um esquema para a escolha de empresas para a formatura dos alunos.

Dos sete comandantes, cinco eram gestores de colégios militares citados pela reportagem. Segundo os investigadores, essas cinco escolas estavam sob a influência direta do deputado Coronel Adailton (SD), ex-chefe da Casa Militar de Goiás e agente reformado da Polícia Militar.

As mudanças ocorreram em duas unidades de Goiânia, duas unidades de Anápolis e uma unidade de Goianápolis, e foram oficializadas pelo comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marcelo Granja.

A Polícia Militar de Goiás informou à coluna que foi instaurado um inquérito policial para apuração dos fatos apontados pelo relatório de inteligência. A investigação tem avançado a passos largos.

O principal alvo do inquérito é o deputado estadual Coronel Adailton, que chefiou a Casa Militar durante o governo de José Eliton. Ele foi eleito pela primeira vez em 2018, com 11.616 votos. Em 2022, Adailton conseguiu renovar seu mandato, pelo PRTB, com 25,6 mil votos.