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Brazão barrou Marielle de participar de comissão da Câmara

Segundo Tarcísio Motta, que foi vereador no mesmo período, Brazão impedia acesso de Marielle à Comissão de Assuntos Urbanos da Câmara do Rio

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Brazão Marielle Franco
1 de 1 Brazão Marielle Franco - Foto: Reprodução

Apontado como um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco em 2018, o deputado Chiquinho Brazão barrou a presença de vereadores do PSol na Comissão de Assuntos Urbanos da Câmara Municipal do Rio. O colegiado tem como objetivo a elaboração de “planos setoriais, regionais e locais, cadastro territorial do município, realização de obras e serviços públicos e preservação das áreas verdes e de lazer”.

Como presidente da Comissão de Assuntos Urbanos, Brazão tinha influência para direcionar e priorizar os processos de loteamento. A negativa de Brazão ao pleito de Marielle é lembrada pelo deputado federal Tarcísio Motta (PSol), que foi vereador pelo Rio de Janeiro no mesmo período que ambos.

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Deputado federal Chiquinho Brazão foi preso pela PF como um dos mandantes da morte de Marielle
Ex-vereador Renato Cinco foi um dos políticos do PSol que teve dados pesquisados por Lessa
brazão Marielle Franco: vereadora foi assassinada em 2018
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O deputado federal Tarcísio Motta, que atuou com Marielle na Câmara do Rio

Renato Araujo/Câmara dos Deputados
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Deputado federal Chiquinho Brazão foi preso pela PF como um dos mandantes da morte de Marielle

Agência Câmara
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Ex-vereador Renato Cinco foi um dos políticos do PSol que teve dados pesquisados por Lessa

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brazão Marielle Franco: vereadora foi assassinada em 2018

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Motta lembrou que a intenção do PSol era indicar para a comissão Marille e o ex-vereador Renato Cinco [também citado pela PF como um dos políticos monitorados por Ronnie Lessa]. Brazão, contudo, jamais permitiu que os dois vereadores integrassem o colegiado.

De acordo com a Polícia Federal, um dos motivos que levou Brazão a encomendar a morte de Marielle foi a atuação da vereadora contra o loteamento de terras em áreas de milícias na Zona Oeste do Rio, reduto eleitoral de Brazão.

Brazão foi presidente da Comissão de Assuntos Urbanos da Câmara do Rio em 2008 a 2018, ano em que Marille foi morta e no qual se elegeu deputado federal. Para Tarcísio Motta, a conduta de Brazão em impedir o acesso da PSol à comissão é mais uma peça a ser encaixada pela PF no quebra-cabeças do planejamento da morte da vereadora.

“Marielle era a maior ameaça aos interesses urbanísticos da milícia naquele momento. Essa atuação tinha que parar. Era o que a milícia mais odiava. Então, eles decidiram por uma assassinato político, para fazer o terror, para amendrontar a bancada do PSol. Mas eles não imaginaram a reação que essa morte teria”, disse Motta.

Brazão cita Boulos

Brazão foi preso no dia 24 de março, ao lado do irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, e do ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa. Ele responde a um provcesso por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Câmara. O parecer da relator do caso, deputada Jack Rocha, foi aprovado no dia 15 de maio.

No dia 10 de junho, o deputado apresentou sua defesa prévia. Ele usou o mesmo argumento de Guilherme Boulos, relator do caso de rachadinha de André Janones, para pedir o arquivamento do processo. Em seu relatório, Boulos pediu o fim do processo contra Janones porque o fato denunciado ocorreu antes do atual mandato do deputado.

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