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Braga Netto questionou se STF pode usar snipers para proteger sede

Ministro da Defesa de Bolsonaro, Braga Netto perguntou a Augusto Aras, então chefe da PGR, se STF poderia usar snipers para evitar invasão

atualizado

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Fernando Frazão/ Agência Brasil
General Braga Netto na época interventor federal na segurança pública do estado do Rio de Janeiro
1 de 1 General Braga Netto na época interventor federal na segurança pública do estado do Rio de Janeiro - Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil

Quando comandava o Ministério da Defesa no governo Bolsonaro, Braga Netto perguntou ao então procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, se o STF poderia usar snipers para proteger suas instalações durante protestos.

A consulta foi feita em 6 de setembro de 2021, um dia antes da cerimônia do Dia da Independência, na Esplanada dos Ministérios. Na ocasião, que representou um dos maiores momentos de tensão entre Bolsonaro e o STF, ministros da Corte temiam que manifestantes invadissem o Supremo, insuflados pelo presidente.

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Braga Netto e Jair Bolsonaro
O jornalista Luís Costa Pinto, autor de "O Procurador"
O ministro Dias Toffoli, do STF
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O então procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, deu sinal verde para o uso de snipers pelo STF

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Braga Netto e Jair Bolsonaro

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O jornalista Luís Costa Pinto, autor de "O Procurador"

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O ministro Dias Toffoli, do STF

Carlos Moura/SCO/STF

Braga Netto tinha informações de que o STF preparava um forte esquema de segurança, inclusive com o uso de atiradores de elite, e questionou o PGR sobre se a medida tinha respaldo jurídico e se o Supremo poderia implementá-la.

Aras olhou para Braga Netto e respondeu: “Pode, claro. E o Supremo está certo”. A curiosidade do então ministro da Defesa sobre o tema, bem como outras revelações, estão detalhadas no livro “O procurador”, lançado pelo jornalista Luís Costa Pinto.

Um outro ponto que chama a atenção é que, antes de deixar o país rumo aos Estados Unidos, em dezembro de 2022, Bolsonaro se reuniu com Aras, com o ministro do STF Dias Toffoli, com o então chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, e com Fábio Faria, à época ministro das Comunicações. Foi depois desse jantar em 18 de dezembro, na mansão de Faria em Brasília, que Bolsonaro decidiu viajar para o exterior e passar um período sabático.

O lançamento de “O Procurador”, que retrata a passagem de Augusto Aras pela PGR, está previsto para ocorrer em 4 de julho em São Paulo, na Livraria Drummond. E também em 9 de julho, em Brasília, no restaurante Daniel Briand. A edição virtual já está disponível no site da Amazon.

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