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Bolsonaro vê mudança no TSE como chave para derrubar inelegibilidade

Condenado a oito anos de inelegibilidade, Bolsonaro acredita que mudanças na composição do TSE provocarão reviravolta com reflexo em 2026

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Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com luz colorida no rosto - Metrópoles
1 de 1 Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com luz colorida no rosto - Metrópoles - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Condenado a oito anos de inelegibilidade, Jair Bolsonaro acredita que mudanças na composição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) provocarão uma reviravolta que viabilizará sua candidatura à presidência da República em 2026.

Essas alterações na Corte, que conta com um total de sete ministros, são ansiosamente aguardadas por Bolsonaro. E proporcionariam a médio prazo, no cenário desenhado, uma vitória por 4 a 3 em julgamento de recurso para reverter a inelegibilidade.

A primeira substituição, em novembro deste ano, envolve a saída do ministro Benedito Gonçalves, atual corregedor do TSE e relator da ação que impediu o ex-presidente de se candidatar até 2030.

A vaga deixada por Benedito Gonçalves no TSE deverá ser preenchida por Isabel Gallotti, vista como “independente” por bolsonaristas. Já a corregedoria da Corte passará a ser comandada pelo ministro Raul Araújo, que votou contra a inelegibilidade de Bolsonaro no julgamento ocorrido em junho.

Para abril do ano que vem, está prevista a mudança mais aguardada por Bolsonaro no TSE: a saída de Alexandre de Moraes, tratado como algoz. Sua cadeira deverá ser ocupada por André Mendonça, indicado pelo ex-presidente para o STF e, portanto, visto como simpático a ele.

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Relator da ação que deixou Bolsonaro inelegível, Benedito Gonçalves deixará o TSE
Alexandre de Moraes e André Mendonça discutiram durante julgamento
Raul Araújo assumirá a corregedoria do TSE
Isabel Gallotti deverá ocupar posto de Benedito Gonçalves
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André Mendonça, ministro do STF

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Relator da ação que deixou Bolsonaro inelegível, Benedito Gonçalves deixará o TSE

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Alexandre de Moraes e André Mendonça discutiram durante julgamento

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Raul Araújo assumirá a corregedoria do TSE

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Isabel Gallotti deverá ocupar posto de Benedito Gonçalves

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Essas alterações, por si só, tornariam o ambiente mais favorável para Bolsonaro. A cereja seria colocada no bolo em 2026, quando Kassio Nunes Marques, visto como extremamente fiel ao ex-presidente, passará a presidir o Tribunal Superior Eleitoral.

Bolsonaro acredita que essas mudanças deixarão o clima propício para derrubar a inelegibilidade e, dessa forma, conseguir disputar a Presidência em 2026.

Recurso será julgado

Em junho deste ano, o plenário do TSE declarou a inelegibilidade de Bolsonaro por oito anos, por 5 votos a 2, por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante reunião com embaixadores realizada no Palácio da Alvorada, em 18 de julho do ano passado.

Um recurso apresentado pelo ex-presidente deverá começar a ser analisado pela Corte nesta sexta-feira (22/9). Contudo, é extremamente improvável que Bolsonaro consiga, por agora, sequer chegar perto de um resultado satisfatório

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