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Bolsonaro traça defesa contra inelegibilidade e vê crueldade de Moraes

Ex-presidente Jair Bolsonaro alinhou defesa para o julgamento da ação, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que pode deixá-lo inelegível

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Bolsonaro e Alexandre de Moraes
1 de 1 Bolsonaro e Alexandre de Moraes - Foto: Igor Estrela/Metrópoles

Sob a ameaça de inelegibilidade, Jair Bolsonaro preparou sua defesa para o julgamento que terá início, na próxima quarta (22/6), no Tribunal Superior Eleitoral. O ex-presidente sustentará que as críticas às urnas eletrônicas, em reunião com embaixadores em junho do ano passado, foram legítimas. Não golpistas.

Alegará que a defesa do voto impresso, sustentada até pouco antes da eleição, não se transformou em desrespeito ao resultado proclamado pela Justiça Eleitoral após primeiro e segundo turnos.

Sobre a acusação de abuso de poder econômico, Bolsonaro argumentará que, como presidente da República, tinha a prerrogativa de convidar embaixadores para tratar sobre temas que lhe fossem caros. Dessa forma, buscará afastar a tese de abuso de poder econômico que baseia a ação movida pelo PDT.

A denúncia aponta que Bolsonaro teria se valido da estrutura do Estado com fins eleitorais. Por determinação do TSE, uma live da referida reunião foi derrubada das redes sociais.

Um dos pontos ainda discutidos pelo núcleo de Bolsonaro é se, na exposição da defesa, será lembrada uma reunião do ministro Edson Fachin com embaixadores. Então presidente do TSE, Fachin falou sobre a segurança das urnas eletrônicas e pediu que a comunidade internacional ficasse em alerta para as eleições no Brasil. Na ocasião, Bolsonaro afirmou que as declarações de Fachin foram “um estupro à democracia”. E, em seguida, promoveu sua própria reunião com embaixadores.

Ao analisar a atual composição do TSE, o ex-presidente considera ser difícil escapar da inelegibilidade por oito anos. E ainda vê requintes de crueldade de Alexandre de Moraes, atual presidente da Corte. É que o ministro pautou o julgamento para o dia 22, o mesmo número usado por Bolsonaro nas eleições do ano passado.

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