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Bolsonaro mantém apoio a Ramagem mesmo após áudio: “Estamos juntos”

Em conversa com a coluna, Bolsonaro informou que participará de ato da pré-campanha de Ramagem e falou sobre o áudio gravado pelo aliado

atualizado

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Alexandre Ramagem e Jair Bolsonaro
Abin Ramagem
1 de 1 Abin Ramagem - Foto: Alexandre Ramagem e Jair Bolsonaro

Jair Bolsonaro decidiu manter o apoio a Alexandre Ramagem, candidato a prefeito do Rio de Janeiro, mesmo após a revelação de que foi gravado pelo aliado quando era presidente. Em conversa com a coluna, o ex-presidente informou que estará em ato da pré-campanha de Ramagem na próxima quinta-feira (18/7), na capital fluminense.

“A candidatura do Ramagem está de pé. Estaremos juntos na semana que vem, no Rio. Seguimos juntos”, disse Bolsonaro.

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Candidato a prefeito, Ramagem tem agenda com Bolsonaro nesta quinta
Ramagem é pré-candidato do PL à Prefeitura do Rio
Atualmente, Ramagem é deputado e pré-candidato a prefeito do Rio
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Gravação atribuída a Ramagem está em posse da Polícia Federal

Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Candidato a prefeito, Ramagem tem agenda com Bolsonaro nesta quinta

Reprodução/Twitter
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Ramagem é pré-candidato do PL à Prefeitura do Rio

Valter Campanato/Agência Brasil
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Atualmente, Ramagem é deputado e pré-candidato a prefeito do Rio

Igo Estrela/Metrópoles

Pessoas no entorno do ex-presidente têm afirmado que a gravação de áudio feita por Ramagem, em posse da Polícia Federal, foi realizada sem o consentimento de Bolsonaro, que teria se irritado ao descobrir a situação. Questionado sobre o assunto, ele respondeu sem entrar em detalhes.

“Em relação a esse áudio, tem gente dizendo que eu reagi de uma forma ou de outra… Muita gente tenta falar por mim e não acerta. Não vou entrar nessa questão da gravação”, afirmou.

Segundo a Polícia Federal, investigadores encontraram um áudio, supostamente gravado por Ramagem, no qual teriam sido discutidas irregularidades cometidas por auditores da Receita Federal no âmbito da investigação sobre rachadinha que mirou o senador Flávio Bolsonaro. A gravação é de 2020, quando Ramagem comandava a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Para Ramagem, a existência do áudio reforçaria a “defesa do devido processo”. Já para investigadores da PF que atuam no caso, seria a comprovação de que a estrutura da Abin teria sido usada com desvio de finalidade, para blindar Flávio.

Valdemar reforça apoio

Presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto segue a linha de Bolsonaro e também manifesta apoio à candidatura de Ramagem. O dirigente nega haver plano B por causa do cerco da Polícia Federal ao deputado.

Depois do novo desdobramento da investigação, Alexandre Ramagem se manifestou por meio de nota:

“Após as informações da última operação da PF, fica claro que desprezam os fins de uma investigação, apenas para levar à imprensa ilações e rasas conjecturas.

O tal do sistema first mile, que outras 30 instituições também adquiriam, parece ter ficado de lado. A aquisição foi regular, com parecer da AGU, e nossa gestão foi a única a fazer os controles devidos, exonerando servidores e encaminhando possível desvio de uso para corregedoria.

A PF quer, mas não há como vincular o uso da ferramenta pela direção-geral da Abin. Trazem lista de autoridades judiciais e legislativas para criar alvoroço. Dizem monitoradas, mas na verdade não.

Não se encontram em first mile ou interceptação alguma. Estão em conversas de WhatsApp, informações alheias, impressões pessoais de outros investigados, mas nunca em relatório oficial contrário à legalidade.

Não há interferência ou influência em processo vinculado ao senador Flávio Bolsonaro. A demanda se resolveu exclusivamente em instância judicial. A PGR não foi favorável às prisões da operação, mas a Justiça desconsiderou a manifestação.

Há menção de áudio que só reforça defesa do devido processo, apuração administrativa, providência prevista em lei para qualquer caso de desvio de conduta funcional. Houve finalmente indicação de que serei ouvido na PF, a fim de buscar instrução devida e desconstrução de toda e qualquer narrativa.

No Brasil, nunca será fácil uma pré-campanha da nossa oposição. Continuamos no objetivo de legitimamente mudar para melhor a cidade do Rio de Janeiro.”

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