metropoles.com

Bolsonaro desabafa e lança tese após novo avanço da Polícia Federal

Ex-presidente Jair Bolsonaro levantou tese de “arrependimento eficaz” após Polícia Federal apontar “operação clandestina” no caso das joias

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Mateus Bonomi/Anadolu via Getty Images
Jair Bolsonaro
1 de 1 Jair Bolsonaro - Foto: Mateus Bonomi/Anadolu via Getty Images

Após a Polícia Federal (PF) apontar desvio de R$ 6,8 milhões com a venda de joias, Bolsonaro rebateu a tese de que teria orquestrado uma “operação clandestina” para reaver os itens e falou em “arrependimento eficaz”. A pessoas próximas, o ex-presidente argumentou que o relatório que o incrimina seria baseado, quase em sua totalidade, na palavra do delator Mauro Cid. E que o ex-ajudante de ordens tampouco teria apresentado provas sobre as supostas movimentações financeiras e o “rastro” do dinheiro.

Bolsonaro disse, também, não ver irregularidade na recompra de presentes negociados nos Estados Unidos. Na visão dele, os itens teriam sido recuperados para seguir a determinação do Tribunal de Contas da União (TCU), de março de 2023, sobre a devolução dos objetos. Ele argumentou que, antes dessa decisão do TCU, as regras sobre presentes recebidos davam margem a diferentes interpretações.

4 imagens
Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid firmou acordo de delação premiada
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixa prédio da Polícia Federal após prestar depoimento
Operação da PF tem como alvo adulteração em cartões de vacina da Covid-19
1 de 4

Ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro

Igo Estrela / Metrópoes
2 de 4

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid firmou acordo de delação premiada

Breno Esaki/Metrópoles
3 de 4

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixa prédio da Polícia Federal após prestar depoimento

Vinícius Schmidt/Metrópoles
4 de 4

Operação da PF tem como alvo adulteração em cartões de vacina da Covid-19

Breno Esaki/Metrópoles

De acordo com Bolsonaro, a recompra configuraria o que, no jargão jurídico, é conhecido como “arrependimento eficaz”. Segundo a doutrina, isso ocorre nos casos em que o agente se arrepende e impede que o crime seja concretizado.

O artigo 15 do Código Penal estabelece que “o agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados”. E prevê a exclusão da pena.

Em tom de desabafo, o ex-presidente se disse, ainda, vítima de uma “implacável” perseguição.

PF fala em “operação clandestina”

Integrantes da Polícia Federal que atuaram no caso das joias, porém, têm outra interpretação sobre a recompra de itens negociados. Segundo o delegado Fábio Shor, houve uma “operação clandestina”, promovida pelo entorno de Bolsonaro, para obstruir as investigações e mascarar o suposto esquema criminoso.

Quanto às movimentações financeiras, a PF aponta que elas teriam ocorrido em dinheiro vivo, o que dificultaria o rastreio. Ao todo, a Polícia Federal indiciou 11 pessoas.

Segundo fontes da coluna, a Procuradoria-Geral da República (PGR), conduzida por Paulo Gonet, oferecerá denúncia contra a maior parte dos indiciados, incluindo Bolsonaro. Dada a repercussão do caso, a expectativa é que o julgamento envolvendo o ex-presidente seja levado ao plenário do Supremo Tribunal Federal, com a participação dos 11 ministros da Corte.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comPaulo Cappelli

Você quer ficar por dentro da coluna Paulo Cappelli e receber notificações em tempo real?