metropoles.com

AstraZeneca e Covid: risco de trombose aumenta sem vacina, diz Fiocruz

Covid: médico sanitarista da Fiocruz, Claudio Maierovitch afirma que o risco de se contrair trombose é muito maior sem a dose da AstraZeneca

atualizado

Compartilhar notícia

Marcelo Casal Jr./ Agência Brasil
astrazeneca maierovitch (1)
1 de 1 astrazeneca maierovitch (1) - Foto: Marcelo Casal Jr./ Agência Brasil

Ex-presidente da Anvisa e médico sanitarista da Fiocruz, Claudio Maierovitch afirma que o risco de se contrair trombose é muito maior sem a vacina para Covid-19 do que com o imunizante. O assunto voltou a ganhar repercussão após a gigante farmacêutica AstraZeneca admitir, à Justiça da Inglaterra, o raro efeito colateral.

“Esse tema da trombose surgiu ainda em 2021, quando as vacinas começaram a ser utilizadas. E aí cada vacina apresentou uma proporção bastante pequena de eventos adversos, incluindo Jansen, Pfizer… Na época, começou a se observar uma ocorrência muito rara de trombose de vasos cerebrais [na AstraZeneca], mas na maior parte dos casos não era nada grave”, afirmou Maierovitch. Ele continuou:

“Foi um consenso [na comunidade científica] que, embora houvesse risco muito pequeno, esse risco era muito inferior ao relacionado à doença em si, a Covid-19. Porque em pessoas não vacinadas, a Covid pode provocar uma infecção grave, com alteração da coagulação e ocorrência de trombose em várias partes do corpo, inclusive nos pulmões.”

“Na gravidade da doença como um todo, a trombose era um dos aspectos relacionados à dificuldade respiratória. Não à toa tivemos a estatística horrorosa de óbitos que tivemos. Só passamos a ter redução consistente depois que tivemos uma quantidade grande de pessoas vacinadas”, prosseguiu o médico sanitarista.

“Acho que os efeitos colaterais assustam, mas às vezes a gente se esquece do que acontecia antes. É importante que se preste atenção, porque já passou aquele momento [de pico da contaminação] e agora é possível escolher qual vacina é mais adequada para cada grupo populacional, de modo a evitar efeitos adversos”, concluiu Claudio Maierovitch.

4 imagens
Jovem recebe vacina contra a Covid-19
Ministério da Saúde afirma que vacina da AstraZeneca para Covid-19 salvou milhares de vidas e é segura
Vacina contra Covid-19 astrazeneca
1 de 4

AstraZeneca admitiu à Justiça efeito colateral raro em vacina contra Covid-19

Hugo Barreto/Metrópoles
2 de 4

Jovem recebe vacina contra a Covid-19

Gustavo Alcântara/Metrópoles
3 de 4

Ministério da Saúde afirma que vacina da AstraZeneca para Covid-19 salvou milhares de vidas e é segura

Vinicius Schmidt/Metrópoles
4 de 4

Vacina contra Covid-19 astrazeneca

Agência Brasil

AstraZeneca no Brasil

No Brasil, a AstraZeneca foi aplicada em 153 milhões de pessoas, sobretudo em 2021 e 2022. Atualmente, ela não tem sido usada pelo sistema público de saúde. O governo tem recorrido às vacinas da Pfizer e da Moderna [nos últimos dias, o Ministério da Saúde comprou 12,5 milhões de doses do imunizante].

A AstraZeneca reconheceu a ocorrência de trombose, em casos raros, em um processo movido por 51 famílias na Inglaterra. O grupo pleiteia uma indenização que se aproxima de R$ 700 milhões.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comPaulo Cappelli

Você quer ficar por dentro da coluna Paulo Cappelli e receber notificações em tempo real?