PF calcula apreensão do passaporte de Bolsonaro
Alexandre de Moraes autorizou retenção do passaporte de Bolsonaro em maio, mas Polícia Federal não viu necessidade. Agora, faz reavaliação
atualizado
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Quando Alexandre de Moraes determinou a apreensão do passaporte de Bolsonaro, em maio, a Polícia Federal não julgou necessário. Na ocasião, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, disse: “Não é objeto da investigação. Portanto, o entendimento comum é da desnecessidade [da retenção do passaporte]. Pelo menos no momento”.
Àquela altura, a Polícia Federal investigava fraudes em cartões de vacinação. Agora, porém, a avaliação de integrantes da PF é que a situação mudou.
Policiais que atuam no caso das joias acreditam que o avanço das investigações tem deixado Bolsonaro acuado. E que uma fuga ao exterior não seria algo inimaginável.
Na corporação, o sentimento é que uma viagem de Bolsonaro ao exterior, mesmo que sem a intenção de fuga, respingaria na imagem da PF. Sobretudo já havendo uma determinação de Moraes para a apreensão.
Em suma: mais de três meses após o despacho do ministro do STF, a retenção do passaporte de Bolsonaro voltou a ser discutida dentro da Polícia Federal.
“Sei dos riscos que corro”
Durante cerimônia na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) nesta sexta-feira (18/8), o ex-presidente afirmou: “Sei dos riscos que corro em solo brasileiro, mas não podemos ceder”.
Bolsonaro foi homenageado com o título de cidadão goiano. Em discurso, disse:
“Somos contra a legalização das drogas, defendemos a liberdade de expressão, mas passamos por um momento difícil que ficará para trás. Outro chegou ao poder, mas isso é passageiro. O ex mais querido do Brasil sempre estará ao lado do povo”.