A retirada dos carros blindados no retorno de Bolsonaro ao Brasil já provocou a reação de seus aliados no Congresso.

O deputado Evair Vieira de Melo, integrante da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados encaminhou requerimentos ao presidente para convocação de dois ministros de Lula para prestar esclarecimentos ao grupo.

Segundo os requerimentos, Rui Costa, da Casa Civil, e Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública, devem explicar o motivo da retirada dos veículos e “desanuviar as dúvidas decorrentes de posições contraditórias dentro do próprio governo”.

O vereador pelo Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente, criticou a medida em sua conta no Twitter. “Acho que é só mais uma coincidência diária”, ironizou.

O próprio Jair Bolsonaro reclamou por não ter sido recebido pelos veículos blindados. ““A gente vê acontecer essa questão do PCC, planejando, etc… A gente fica preocupado. Eu não tenho peito de aço. Vou tentar buscar um carro blindado para mim. Não é uma atitude racional por parte desse governo que está aí”, disse o ex-presidente, referindo-se à descoberta d um plano do PCC para matar o senador Sergio Moro, divulgado na semana passada.

O governo, por outro lado, alega que não existe previsão legal para a concessão de veículos blindados a ex-presidentes.

“Conforme prevê a Lei no 7.474, de 8 de maio de 1986, os ex-presidentes têm direito a dois veículos oficiais e os respectivos motoristas. Nenhum ex-presidente utiliza veículos blindados cedidos pela Presidência da República”, diz a nota da Casa Civil. “Reforçamos que os dois veículos oficiais foram disponibilizados e estão sendo utilizados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro”, diz a nota o governo.