“Anjo da guarda” foi crucial para soltar inocente condenado a 130 anos
Anjo da guarda: um homem teve papel determinante para tirar da cadeia o jardineiro Carlos Edmilson, condenado er
atualizado
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Um homem teve papel determinante para tirar da cadeia o jardineiro Carlos Edmilson da Silva, condenado injustamente a 130 anos de prisão por estupros que não cometeu. O “anjo da guarda” foi um experiente promotor de Justiça de Barueri que chegou a atuar na acusação de Silva. O jardineiro foi solto nesta sexta-feira (17/5) após 12 anos preso pelos crimes que não cometeu.
O integrante do Ministério Público ficou em choque quando em 2019, ocasião em que Silva já amargava várias condenações por estupro, um exame de DNA o “inocentou” de violentar uma das vítimas do estuprador em série, que atuou entre 2010 e 2012 na Grande São Paulo.
Se o primeiro exame de DNA realizado não provou o envolvimento de Silva, pensou o promotor, então provavelmente ele não é o responsável pelo estupro das outras mulheres, uma vez que os casos tinham conexão.
Com esse raciocínio, o promotor acionou o Innocence Project Brasil, associação sem fins lucrativos que atua em casos com fortes indícios de condenação de inocentes.
“Geralmente, os casos que nos chegam são de familiares ou amigos das pessoas que estão presas. Mas, no caso do Carlos Edmilson da Silva, foi um promotor de Justiça que entrou em contato com a gente. Ele, de fato, promoveu justiça”, contou à coluna a advogada Gabriela Setton, que trabalha no projeto e atuou no processo de Carlos Edmilson da Silva.
Ela afirma que, como todos os esforços estavam direcionados para a libertação de Silva, ainda não há decisão sobre se o jardineiro entrará com pedido de indenização pelo tempo que passou na cadeia.
De tão ansiosa para ver o filho, a mãe de Carlos Edmilson da Silva chegou a entrar na cadeia para abraçá-lo em vez de esperá-lo do lado de fora. O caso foi revelado pela TV Globo nesta quarta-feira (15/5).