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Alvo da PF, Gustavo Gayer selou paz entre Marçal e Bolsonaro

Acusado de desvio pela PF, Gustavo Gayer atuou para pacificar os ânimos entre Pablo Marçal e Bolsonaro no 1º turno em São Paulo

atualizado

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PF Gustavo Gayer
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Acusado pela Polícia Federal (PF) de desvio de recursos da cota parlamentar, Gustavo Gayer teve papel de destaque nos bastidores do primeiro turno da eleição para a Prefeitura de São Paulo. Quando os ânimos entre Pablo Marçal e Jair Bolsonaro se exaltaram, o deputado do PL entrou em cena para diminuir a tensão entre os dois.

O trabalho de gerenciamento de crise também teve a participação do deputado Nikolas Ferreira, que intercedeu junto a Carlos Bolsonaro, crítico de Marçal. Gayer, por sua vez, conversou com o então candidato pelo PRTB, que havia chamado o vereador do Rio de Janeiro de “retardado” em resposta aos ataques.

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Gustavo Gayer e Jair Bolsonaro
Nikolas Ferreira também atuou para interromper troca de farpas
A operação contra Gustavo Gayer (PL-GO) foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes
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Gayer pacificou relação entre Marçal e Bolsonaro na eleição em SP

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Gustavo Gayer e Jair Bolsonaro

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Nikolas Ferreira também atuou para interromper troca de farpas

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A operação contra Gustavo Gayer (PL-GO) foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes

Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Como resultado, Gayer e Nikolas interromperam a troca de farpas entre o empresário e o ex-presidente. “Os dois grupos têm 80% de congruência em suas pautas. Continuar brigando não seria inteligente para nenhum dos lados. Estamos nos preparando para uma guerra que não se encerra em 2024, mas que vai levar décadas. O Marçal dialoga muito bem com o nosso público”, disse Gayer à coluna, na época.

Gustavo Gayer é acusado pela Polícia Federal de envolvimento em um esquema de desvio de recursos da cota parlamentar e falsificação de documentos para a criação de uma Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip). Nesta sexta-feira, a PF cumpriu 19 mandados de busca e apreensão na residência do deputado, em seu gabinete na Câmara e em endereços de assessores. Na casa de um servidor, foram encontrados R$ 72 mil em dinheiro.

Operação

A ação ocorreu nas cidades de Brasília (DF), Cidade Ocidental (GO), Valparaíso de Goiás (GO), Aparecida de Goiânia (GO) e Goiânia (GO) e foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Os delitos investigados pela Operação Discalculia são: associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e peculato-desvio. A operação recebe o nome de um transtorno de aprendizagem relacionado a números porque foi identificada falsificação na ata da assembleia da constituição da Oscip, consistente em data retroativa (ano de 2003). Porém, o quadro social à época seria formado por crianças de 1 a 9 anos.

“Este é o Brasil que estamos vivendo agora. É surreal o que estamos vivendo. Onde isso vai parar? Vieram à minha casa, levaram meu celular, HD. Essa democracia relativa está custando caro para o nosso país. Eu não sei por que estou sofrendo busca e apreensão, numa sexta-feira, dois dias antes das eleições, claramente tentando prejudicar o meu candidato, Fred Rodrigues”, reclamou Gayer em um vídeo divulgado em suas redes sociais.

Em nota assinada pelo secretário-geral do PL, senador Rogério Marinho, o partido alegou que a operação representa “mais uma ação nessa escalada autoritária e parcial de um ministro do STF” contra a direita e destacou a proximidade do segundo turno das eleições municipais. Leia abaixo a íntegra da nota:

“NOTA PÚBLICA

A operação policial e a busca e apreensão na residência do Deputado Federal Gustavo Gayer representam mais uma ação nessa escalada autoritária e parcial de um ministro do STF contra um espectro político que representa grande parte da população brasileira.

Com base nas notícias até o presente momento publicadas, trata-se de questão, em tese, relacionada com cota parlamentar de um Deputado Federal. Sem adentrar no mérito, trata-se de tema com baixa repercussão financeira. Por isso, o estranhamento e a perplexidade do Partido Liberal com a medida adotada.

Faltam menos de 48 horas para o início das eleições nos municípios que terão 2º turno. E nos parece que faltou razoabilidade, proporcionalidade e prudência na decisão que poderá contaminar o resultado eleitoral do próximo domingo.

O ministro Luiz Fux e Carlos Frazão, em livro sobre Direito Eleitoral, destacam a importância da igualdade de oportunidades como exigência de uma postura neutra por parte do Estado “em face dos players da competição eleitoral, isto é, partidos, candidatos e coligações, de forma a coibir a formulação de desenhos e arranjos que favoreçam determinados atores em detrimento de outros.”

O ministro Alexandre de Moraes, ex-presidente do TSE, sabe da importância da manutenção do equilíbrio de uma competição eleitoral. Por isso, o espanto com a decisão! Ao permitir uma medida tão gravosa e com tanta repercussão midiática contra um Deputado Federal que apoia candidatos em importantes cidades do Estado de Goiás, demonstra plena consciência do grande impacto negativo no processo eleitoral.

Não conhecemos os fatos, mas defendemos com muita tranquilidade todo tipo de investigação, respeitados os princípios basilares de uma democracia: o juiz natural, os direitos e garantias fundamentais, a imunidade parlamentar e o devido processo legal.

O bem jurídico protegido deve ser, principalmente, o processo de votação, cuja violação pode comprometer o próprio regime democrático em vigor.

Senador Rogério Marinho

Secretário-geral do Partido Liberal”

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