metropoles.com

Alexandre de Moraes é alvo de “superpedido” de impeachment da oposição

Senadores e deputados da oposição preparam um “superpedido” de impeachment de Alexandre de Moraes com base em diferentes fatores

atualizado

Compartilhar notícia

BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
Câmara Congresso Ministro do STF Alexandre de Moraes - Metrópoles
1 de 1 Câmara Congresso Ministro do STF Alexandre de Moraes - Metrópoles - Foto: BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto

Senadores e deputados de oposição preparam o que tem sido chamado de “superpedido” de impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Pela primeira vez, dizem esses parlamentares, haveria chance real de o magistrado do STF ser afastado.

Diferentes fatores levam essa ala do Congresso Nacional a acreditar que a adesão da classe política baterá recorde. A oposição interpreta como “confissão de culpa” o fato de Alexandre de Moraes ter soltado Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro. A liberação ocorreu após a Procuradoria-Geral da República argumentar que não existiam provas de que Martins deixou o país, motivo citado pelo ministro do Supremo para decretar a prisão.

A oposição também aponta supostos abusos de Alexandre de Moraes no episódio envolvendo a morte do “patriota” Cleriston Pereira da Cunha, na Papuda, e nas prisões preventivas do ex-ministro da Justiça Anderson Torres e do ex-chefe da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasquez. O primeiro ficou preso por 117 dias; o segundo, por 364 dias.

Será citado, no pedido de impeachment, o caso de Daniel Silveira, condenado a 8 anos e 9 meses de prisão por ameaça ao Estado Democrático de Direito e coação no curso do processo. Advogado do ex-deputado, Paulo Faria afirma que Silveira já preencheu os requisitos previstos em lei para ganhar a liberdade condicional e cumprir o resto da pena fora do presídio. Alexandre de Moraes tem negado as solicitações de progressão ao regime semiaberto.

6 imagens
Ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres foi indiciado por associação criminosa, abolição violenta do estado democrático de direito e golpe de estado
Família de Cleriston Pereira da Cunha acusa Alexandre de Moraes de maus-tratos e tortura
Daniel Silveira foi condenado pelo STF
Ex-chefe da PRF, Silvinei Vasques depõe à CPMI do 8 de Janeiro
O ministro do STF Alexandre de Moraes ordenou relatórios extraoficiais contra ex-Jovem Pan quando presidiu o TSE, diz a Folha de S. Paulo.
1 de 6

Ex-assessor de Bolsonaro, Filipe Martins foi preso por ordem de Alexandre de Moraes

Reprodução
2 de 6

Ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres foi indiciado por associação criminosa, abolição violenta do estado democrático de direito e golpe de estado

Vinícius Schmidt/Metrópoles
3 de 6

Família de Cleriston Pereira da Cunha acusa Alexandre de Moraes de maus-tratos e tortura

Reprodução/Facebook
4 de 6

Daniel Silveira foi condenado pelo STF

Gustavo Moreno/ Metrópoles
5 de 6

Ex-chefe da PRF, Silvinei Vasques depõe à CPMI do 8 de Janeiro

Vinícius Schmidt/Metrópoles
6 de 6

O ministro do STF Alexandre de Moraes ordenou relatórios extraoficiais contra ex-Jovem Pan quando presidiu o TSE, diz a Folha de S. Paulo.

Gustavo Moreno/SCO/STF

Decisões do ministro envolvendo outros “patriotas” presos no 8 de Janeiro constarão no documento preparado pela oposição. Uma reportagem da Folha de S.Paulo também será usada no pedido de impeachment. A matéria afirma que Alexandre de Moraes ordenou, extraoficialmente, a produção de relatórios do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para embasar suas próprias decisões contra bolsonaristas.

A coleta de assinaturas para o impeachment terá início nesta quarta-feira (14/8). O plano da oposição é protocolar o pedido de afastamento, no Senado Federal, no dia 9 de setembro. Nesse meio tempo, essa ala do Congresso tentará mobilizar até juristas contra o magistrado do STF para intensificar a campanha.

Relembre

Silvinei Vasques teve ordem de prisão proferida por Moraes em agosto do ano passado, acusado de usar a corporação para tentar interferir nas eleições de 2022. Ele foi solto na quinta-feira (8/8), quase um ano depois.

Ex-ministro da Justiça e Segurança Pública de Bolsonaro, Anderson Torres foi preso no dia 14 de janeiro de 2023, acusado de omissão nos atos radicais do dia 8 de janeiro, em Brasília. Ele foi solto no dia 11 de maio, quase quatro meses depois da prisão, apresentando um quadro de estresse agudo.

Cleriston Cunha foi preso no dia 8 de janeiro, durante os atos em Brasília. Ele morreu em novembro, dentro do Complexo Penitenciário da Papuda, após sofrer um mal súbito. A Procuradoria-Geral da República (PGR) havia se manifestado, em setembro, a favor da liberdade provisória de Cunha. A manifestação não chegou a ser analisada por Moraes.

O estopim para o pedido de impeachment do ministro, para a oposição, foi a prisão de Felipe Martins. Ex-assessor pessoal de Bolsonaro, Martins foi preso em fevereiro sob a suspeita de participar da organização criminosa que atuou em uma suposta tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito.

A prisão de Martins foi revogada por Moraes na sexta-feira (9/8). De acordo com a defesa do ex-assessor, a decisão foi tomada por não haver provas de que Martins tenha deixado o país no período investigado pela Operação Tempus Veritatis.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comPaulo Cappelli

Você quer ficar por dentro da coluna Paulo Cappelli e receber notificações em tempo real?