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A vitória de Marina Silva sobre Heloísa Helena na Justiça

Aliada de Marina Silva, tesoureira da Rede diz que controle por recursos do Fundo Partidário teria motivado manobra para afastá-la do cargo

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chantagem Marina e Heloisa Helena
1 de 1 chantagem Marina e Heloisa Helena - Foto: Reprodução/Redes Sociais

Em uma vitória do grupo político de Marina Silva, a Justiça do Distrito Federal devolveu o cargo à tesoureira nacional da Rede Sustentabilidade, que havia sido afastada pela ala de Heloísa Helena. A disputa tem como pano de fundo o controle dos recursos do Fundo Partidário.

Juliana Pereira de Sá havia sido eleita para a função em abril, em meio à disputa de espaço entre Marina Silva e Heloísa Helena. Os ocupantes dos cargos de direção foram eleitos proporcionalmente, representando cada corrente do partido.

O comando da legenda ficou com Heloísa Helena. Já a tesouraria nacional foi ocupada pela corrente de Marina Silva.

De acordo com a ação judicial que reintegrou Juliana Sá ao posto, a presidente da Rede teria articulado o afastamento da tesoureira para que pudesse controlar os recursos do fundo partidário.

A reunião do Diretório Nacional da Rede que determinou o afastamento de Juliana Sá teria sido convocada no dia 7 de agosto, supostamente sem informações sobre a pauta, e realizada no dia 10. No mesmo dia, o nome da tesoureira foi removido dos sistemas que permitiam acesso aos recursos do partido.

No dia 18, uma sexta-feira, nova reunião foi convocada para o dia 21, segunda-feira. A pauta era a mesma da reunião do dia 10. Para a tesoureira, a segunda reunião teria objetivo de dar ares de legalidade ao afastamento.

“Personalidades públicas do grupo político a que pertence [a tesoureira], como Marina Silva e Joenia Wapichana, Ministra do Meio Ambiente e Presidente da Funai, respectivamente, em vista dos compromissos de governo, necessitam de prazo mínimo para organização de suas agendas, para participarem de reunião de órgão partidário, mas o pedido de adiamento da reunião foi negado”, argumentou Juliana Sá, na ação.

“Tal expediente de convocação às vésperas da reunião teria o propósito de inviabilizar a participação de integrantes que não concordam com sua ‘condução autoritária e antidemocrática’, com o que se buscaria ‘o controle total sobre os recursos financeiros do partido’”, afirmou a tesoureira.

A decisão judicial pela reintegração da tesoureira considerou a ausência de informações sobre a pauta da reunião que afastou Juliana Sá e a ausência de registro da decisão em cartório antes da substituição do nome da tesoureira nos sistemas financeiros do partido.

A coluna tentou contato com a presidente da Rede Sustentabilidade, Heloísa Helena, mas ela ainda não se manifestou. O espaço segue aberto.

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