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A tensa reunião secreta de Bolsonaro com Alexandre de Moraes

Ex-presidente Jair Bolsonaro e o ministro Alexandre de Moraes, do STF, reuniram-se a portas fechadas em dezembro de 2022, em Brasília

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Bolsonaro e Alexandre de Moraes
1 de 1 Bolsonaro e Alexandre de Moraes - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

No auge da tensão após vitória de Lula em 2022, Bolsonaro e Alexandre de Moraes se reuniram secretamente, nos primeiros dias de dezembro, na casa do senador Ciro Nogueira, no Lago Sul, em Brasília. O encontro durou mais de duas horas e foi intermediado pelo anfitrião.

Passado o segundo turno, Ciro Nogueira, então ministro da Casa Civil, tentou convencer Bolsonaro a reconhecer publicamente a vitória de Lula. Foi o senador quem articulou para que o então presidente gravasse um vídeo pedindo que manifestantes anti-Lula desbloqueassem estradas em novembro. Alexandre de Moraes sabia dos movimentos de Ciro e aceitou o convite para se reunir com Bolsonaro.

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Já Braga Netto foi contra pronunciamento reconhecendo vitória de Lula
Onyx Lorenzoni também foi contra reconhecer vitória de Lula
Filipe Martins também foi contra pronunciamento
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Ciro Nogueira quer punição para institutos de pesquisas que errarem resultados perto das eleições

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Já Braga Netto foi contra pronunciamento reconhecendo vitória de Lula

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Onyx Lorenzoni também foi contra reconhecer vitória de Lula

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Filipe Martins também foi contra pronunciamento

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Contudo, se o objetivo era distensionar a relação do ministro do STF com Bolsonaro, pode-se dizer que a reunião provocou efeito reverso. Mesmo após a longa conversa, nenhum dos dois recuou e acenou com bandeira branca. Em boa parte da reunião, Ciro Nogueira deixou o recinto e permitiu que Bolsonaro e Moraes conversassem a sós. Sem aperto de mãos, qualquer chance de reaproximação foi sepultada no 8 de Janeiro.

Bolsonaro, por sinal, não seguiu o conselho de Ciro Nogueira que poderia ter mudado o curso da história. Ainda presidente, ele foi convencido pela ala ideológica de que reconhecer a vitória de Lula desagradaria à boa parte de seu eleitorado que pleiteava uma intervenção militar.

Entre os que foram contra o discurso, estão Braga Netto, Onyx Lorenzoni, Filipe Martins e militares como Mauro Cid.

A revelação da reunião faz parte de áudios, obtidos pela revista Veja, nos quais Mauro Cid desabafou sobre suposta pressão que receberia da Polícia Federal para incriminar Bolsonaro e se enquadrar na sentença que Moraes já teria planejado.

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