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Vanessa Giácomo abre o jogo sobre Filhas de Eva, pandemia e Pantanal

No ar na série mais vista do Globoplay, a atriz ainda não sabe quais são seus planos na TV, mas está escrevendo roteiros

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Vanessa Giácomo
1 de 1 Vanessa Giácomo - Foto: Globo/Divulgação

Em 17 anos de carreira na TV, Vanessa Giácomo já experimentou vários tipos de personagens. Ela já foi mocinha, vilã, flertou com a comédia, brilhou no drama e sempre rouba a cena nos trabalhos que encara. Não é diferente em Filhas de Eva, série mais assistida no Globoplay nos últimos tempos.

Com os cabelos platinados, Vanessa é Cleo, uma mulher que, com sua baixa autoestima, precisa garantir teto e sobrevivência antes de pensar em qualquer realização pessoal. Em entrevista à coluna, a atriz fala sobre sua mais recente personagem e sobre a insistência de Benedito Ruy Barbosa para que ela fizesse Juma Marruá no remake de Pantanal. “Eu sempre fico muito lisonjeada quando um autor me enxerga em uma personagem”, diz ela, que só não é a protagonista porque a direção convenceu Benedito a apostar num rosto novo.

Confira o papo completo:

Num primeiro momento, Cleo é uma personagem que parece interesseira e periguete. Mas logo depois a gente vê que ela tem um excelente coração. Cleo fica realmente mal ao perceber que está tendo um caso com o marido da amiga. Difícil compor uma personagem com tantas nuances assim?
Cleo é uma sobrevivente. E ela se vira com os recursos que tem. Ela tem um coração enorme e tenta fazer tudo conforme manda o figurino. Mas nem sempre dá certo. Nem sempre ela consegue. Foi uma delícia fazer. Cleo é uma fortaleza, embora não se veja assim. E ela esmorece, mas não quebra. Ela passa por todos os sentimentos, e isso numa personagem é um prato cheio.

Vanessa Giácomo
Vanessa Giácomo

Você se identifica com a Cleo? Ela tem uma relação de muito amor com a mãe, não quer vê-la sofrer. A relação com o irmão é de muito carinho também. Você parece ter sido sempre assim com a sua família. Identifica alguma semelhança nas relações?
Sou mais racional do que ela. Eu sou mais prática também. Não tem como comparar nossas personalidades porque nossas realidades são muito distantes, mas eu a entendo e ela teria toda a minha compreensão, se nos conhecêssemos na vida real. Eu sou muito ligada à minha família. Sou mãe leoa. E filha leoa (risos). Mas nossas relações são mais saudáveis. A mentira que a Cleo sustenta para a mãe durante uma vida inteira é muito dura. Isso tem um peso enorme para ela.

Filhas de Eva fala sobre a autoestima feminina, sobre coragem em recomeçar. O que aprendeu com a série e qual é a maior lição que ela pode dar pras telespectadoras?
Não é nada fácil sair de uma situação que nos aprisiona. Nada! Exige muita energia e disposição para mudar, para transformar. Exige que estejamos emocionalmente firmes e estruturados. Mudar também significa conceder. E abrir mão de determinadas coisas, situações ou pessoas nem sempre é fácil. Mas tudo isso é possível. Acho que a série mostra isso. A possibilidade sempre existe e é nisso que temos que nos agarrar para conseguirmos ter uma vida mais leve.

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Stella (Renata Sorrah),  Lívia (Giovanna Antonelli) e Cléo (Vanessa Giácomo) *** Local Caption *** Cap 100 – Cena 03 –
Vanessa Giácomo com os cabelos loiros
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Vanessa Giácomo, que interpreta Cléo, ensaiando cena com o diretor artístico Leonardo Nogueira

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Stella (Renata Sorrah), Lívia (Giovanna Antonelli) e Cléo (Vanessa Giácomo) *** Local Caption *** Cap 100 – Cena 03 –

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Vanessa Giácomo com os cabelos loiros

Deu trabalho cuidar da cabeleira loira?
Olha, deu sim! (risos). Mas eu faria tudo do mesmo jeito, porque a caracterização da Cleo foi um casamento perfeito com a sua personalidade. Mas o meu fio é muito escuro e eu tenho muito cabelo. Mesmo com a raiz bem escura, Cleo era super loira e eu precisei de tempo até chegar na cor ideal. A manutenção também exigiu cuidados, porque o cabelo curto perde rapidamente o corte e o loiro precisa estar com a cor sempre em dia. Precisei reforçar – e muito – a hidratação. Mas deu tudo certo. Eu amo mudar. Acho que, com exceção deste período de pandemia, nunca passei de seis meses com o mesmo cabelo, a menos que eu estivesse trabalhando.

O que anda fazendo na pandemia? Está trabalhando ou deu um tempo neste período?
Trabalhando. Eu adoro escrever e já tenho alguns roteiros prontos para sair do papel. Um deles eu já comecei a produzir. Espero poder dividir com você em breve!

Você ficou envaidecida em saber que Benedito Ruy Barbosa queria porque queria você como Juma de Pantanal? Ele gosta muito de você e só “abriu” mão porque a direção o convenceu a apostar numa novata!
Eu sempre fico muito lisonjeada quando um autor me enxerga em uma personagem. No caso do Benedito, sinto um carinho enorme por ele, além de gratidão, respeito e admiração. Ele é uma das pessoas mais importantes na minha trajetória como atriz. Ele me deu uma personagem importantíssima para mim e para ele, no meu começo de carreira.

Você só não ficou com o papel porque a direção quis uma atriz novata. Sabe se você vai ter algum outro papel no remake? Quais são seus planos pra TV?
Ainda não sei bem como estão os planos para as próximas novelas, os próximos meses. Está tudo tão incerto. Mas prometo contar para você assim que tiver novidades.

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