Um Lugar ao Sol vai focar na situação política e econômica do Brasil
Segundo a autora Lícia Manzo, o protagonista Christian é socialmente excluído e invisível
atualizado
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Depois da saga de Lurdes (Regina Casé) em Amor de Mãe, o brasileiro vai voltar a se identificar com um protagonista no horário nobre. Em Um Lugar ao Sol, Lícia Manzo vai focar na situação política e econômica do Brasil.
“No momento em que o abismo que separa pobres e ricos no Brasil é tamanho, me parece um desafio oportuno dar protagonismo a Christian, socialmente excluído e invisível, e Renato, seu extremo oposto”, afirma a autora de sucessos como A Vida da Gente e Sete Vidas.
Na trama, que tem estreia prevista para novembro, os gêmeos Christian e Christofer (Cauã Reymond) encarnam realidades polares: a dos sonhos realizados e a dos que foram cruelmente frustrados. Ao perderem a mãe no parto, em Goiânia, os irmãos são separados prestes a completarem um ano de idade. Um deles é adotado por um casal do Rio de Janeiro; o outro é encaminhado pelo pai, sem recursos, a um abrigo. Assim, Christofer – rebatizado Renato pelos pais adotivos – e Christian crescem em realidades opostas, sem saber da existência um do outro.
Aos 18 anos, Christian, o mocinho da história, é obrigado a deixar o abrigo para menores onde cresceu, em Goiânia, também descobre ter sido separado do irmão. Inteligente e dedicado aos estudos, Christian deixa o abrigo e, sozinho no mundo e sem perspectivas, é rapidamente confrontado com a realidade do país. Subempregado, vê-se obrigado a arquivar seus sonhos, e apenas a existência do irmão afortunado – seu extremo oposto – parece iluminar sua vida. Na esperança de encontrar Christofer, decide partir então para o Rio de Janeiro. “Gostaria de trazer para a conversa diária de quem nos assiste questões como integridade, ética, corrupção e desigualdade social – não de um ponto de vista estatístico ou factual, mas íntimo, subjetivo e humano”, avalia Lícia Manzo.