Salve-se Quem Puder não vai abordar a pandemia: “Seria pesado”
Daniel Ortiz achou que colocar o coronavírus na novela seria pesado e iria alterar toda a dinâmica da história
atualizado
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Ao contrario de Amor de Mãe, que levou a pandemia para dentro de sua historia, Salve-se Quem Puder não vai abordar o coronavirus em sua trama. O autor Daniel Ortiz conta de que construiu o desfecho da história sem ter a novela no ar, uma situação até então inédita para ele e fala sobre a opção de não abordar a situação de saúde no roteiro.
“Essa decisão foi tomada por volta de maio do ano passado, quando pensávamos que voltaríamos com a trama no segundo semestre. Fiquei imaginando que colocar o coronavírus na novela seria pesado, primeiro porque iria alterar toda a dinâmica da história, e também porque é uma novela das sete, exibida entre dois jornais. Decidimos tentar fazer o melhor que poderíamos. Essa é uma novela de comédia, de aventura, e sabíamos que seria difícil gravá-la com os protocolos. Mas tínhamos que tentar. O público merece esse respiro”, afirma.
Após um ano, Salve-se Quem Puder está de volta no horário das sete. No próximo dia 22, a trama começa a ser reexibida desde o primeiro capítulo, marcando a retomada da história escrita por Daniel Ortiz que foi interrompida em função da pandemia. Com as gravações finalizadas em dezembro de 2020, agora o público terá a oportunidade de se reconectar com a história e rever as aventuras de Alexia (Deborah Secco), Kyra (Vitória Strada) e Luna (Juliana Paiva) para, a partir de maio, começar a acompanhar os capítulos inéditos.
Na trama, as três personagens têm seus destinos entrelaçados ao tentarem sobreviver à chegada de um furacão em Cancún, no México. Como se não bastasse, elas também se tornam testemunhas acidentais de um assassinato. De volta ao Brasil, são obrigadas a viver sob a custódia do Programa de Proteção à Testemunha e começam uma vida bem diferente. Com novas identidades, elas se juntam para tentar colocar Dominique (Guilhermina Guinle), integrante de uma organização internacional e assassina do juiz Vitório (Ailton Graça), atrás das grades, e finalmente recuperar suas vidas e a tão sonhada liberdade.
“Fazer uma novela já é um grande desafio, mas, quando veio o protocolo, a gente tinha uma preocupação muito grande com a segurança de todas as pessoas envolvidas. Acho que esse foi o primeiro ponto: como retomaríamos esse processo fazendo com quem as pessoas se sentissem seguras, e mais que isso, que elas estivessem realmente seguras. Houve um pacto muito bonito entre todos nós, no sentido de nos cuidarmos, de cuidarmos uns dos outros. Acho que só foi possível tornar esse trabalho agradável, dentro da loucura que foi, por causa dessa grande parceria. Reforçou mais ainda as nossas relações, o quanto nós nos admiramos e nos respeitamos”, diz o diretor artístico Fred Mayrink.