Rainer Cadete passou a amar seu lado feminino com Verdades Secretas 2
Em entrevista, o ator fala das reviravoltas que vão acontecer na vida de Visky: “Ele sempre quis ter uma família e tem muito amor para dar”
atualizado
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Dono de um humor único, Visky (Rainer Cadete) é um dos nomes que circula por todos os núcleos da novela Verdades Secretas 2. O personagem foi o responsável por descobrir que Cristiano (Romulo Estrela) é um investigador atrás de Angel (Camila Queiroz), atendeu aos caprichos de Blanche (Maria de Medeiros), começou a se envolver com Joseph (Ícaro Silva) e ainda garantiu uma vaga para Lara (Julia Byrro) na Blanche Models.
Nos capítulos que chegam ao catálogo do Globoplay na próxima quarta-feira (17/11), o booker da agência vai ter uma grande reviravolta em sua vida: ele será o pai do filho de Lourdeca (Dida Camero). Na entrevista abaixo, Rainer Cadete fala sobre o personagem e as novidades na vida de Visky.
Como foi o processo de construção do personagem, que pode ser visto pelo público em Verdades Secretas, na TV Globo, e em Verdades Secretas II, no Globoplay?
Esse processo começou a partir do texto, das novas relações que o personagem tem e das relações que ele traz da temporada anterior, e de como elas se transformaram. A direção da Amora Mautner e esse mergulho profundo que eu estou fazendo novamente. É um mergulho muito transformador, pessoalmente falando, para me aproximar do Visky, esse personagem que me ensinou tanto na primeira temporada e que continua me ensinando.
Qual a importância de Verdades Secretas para sua carreira?
Aprendi a amar mais meu lado feminino. O Visky me atentou a olhar para além do patriarcado e isso foi muito determinante para mim. Pensar a masculinidade como uma performance mesmo. Como se, por exemplo, as mulheres fossem mais sensíveis e os homens, menos. Não é bem assim … E o Visky me ajudou a pensar dessa maneira não-binária, a compreender a importância de um papel representativo como esse. E na minha carreira, eu senti que colocaram uma lupa de aumento no meu trabalho e puderam observar o ator que eu sou: um ator que começou no teatro. Desde então, nunca mais quis parar de estar envolvido com as artes cênicas. Eu tenho uma equipe que trabalha comigo de preparadores, fonoaudióloga, preparador corporal, terapeuta, personal, coach, nutricionista, dentista, direção, produção, caracterização, figurino, direção de arte, luz, som, edição, trilha sonora etc… Todas essas pessoas pensando nesse projeto. Existe toda essa equipe maravilhosa que pensa junto e ajuda a compor esse universo. O Visky também foi o personagem que mais me rendeu prêmio.
Como você define o Visky.
O Visky é uma pessoa livre de conceitos. Ele é um sobrevivente, uma pessoa que lutou muito para ser aceito. É um excelente profissional dentro do que se propõe a fazer. E tem uma dualidade, como todos nós. Todos nós somos muito além de uma questão maniqueísta. Somos seres muito mais complexos, a gente é capaz de ter atitudes boas e não tão boas assim, no mesmo dia, no mesmo momento. Eu acho interessante fazer um personagem que revela a vida como ela é.
Em quais pessoas você se inspira para o personagem?
Minha mãe, minha irmã, as mulheres da minha família a quem eu devo tudo. Meus amigos LGBTQIA+, a RuPaul, a dança Vogue e tudo que ela representa. E no cotidiano também, todas as pessoas que eu vejo que têm um pouco do Visky, que são pessoas autênticas, marcantes, vibrantes, alegres, engraçadas. Todo mundo que eu encontro pelo caminho, pelo set, pela minha vida desse jeito, que fala alguma coisa de um jeito que tem a ver com o Visky eu pego e guardo dentro de um potinho e na hora certa eu uso.
O que pode falar sobre essa nova fase do Visky como pai?
Quando descobri que o Visky ia ser pai, eu achei sensacional. Eu sou pai também. Fui pai aos 19 anos. Acho uma das experiências mais transformadoras da minha vida e desconfio que vai ser assim pro Visky também. Ele sempre quis ter uma família e ele tem muito amor para dar.