Quanto Mais Vida, Melhor!: Joana vai se envolver com Marcelo
Ele propõe que ela economize o dinheiro da inseminação fazendo com ele um filho à moda antiga
atualizado
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Em Quanto Mais Vida, Melhor!, Joana (Mariana Nunes) está diante do computador vendo o site do banco de sêmen. Ela lembra do encontro acidental com Marcelo (Bruno Cabrerizo), na clinica de inseminação artificial, quando ele fez propaganda do próprio número: “427. Moreno, olhos claros, inteligente, bem sucedido, porte de atleta, leonino”. Joana lembra ainda de olhar bem os perfis de doadores para não escolher o que chama de “um desclassificado como esse”.
Após uma passagem de tempo, Joana vai atender Marcelo em uma emergência, quando ele chega lá depois de ter sido atropelado, acidentalmente, por Carmem (Julia Lemmertz). Ela vai se lembrar de tê-lo visto, a conversa vai dar início a um flerte, que termina na proposta cretina da parte dele: economizarem o dinheiro da inseminação, e fazerem um filho à moda antiga. Proposta que é recusada instantaneamente por Joana, que vai levar adiante o seu projeto de uma gravidez solo.
Como foi abordar essa temática? Como foi sua preparação para viver a fase em que sua personagem faz a opção pela inseminação artificial? Você conheceu ou conversou com médicas e pacientes?
São muitas as mulheres que falam publicamente sobre sua opção por uma produção independente, até mesmo para ajudar outras mulheres a desmistificar o assunto. Conversei com algumas amigas de amigas que fizeram esse procedimento e ela puderam me falar um pouco sobre a experiência afetiva de passar por esse processo. Pude entender o quanto a Joana decidiu assumir as rédeas da própria vida e dedicar seu amor a um ser de quem ela escolheu cuidar, educar e se tornar mãe.
Até pelo contato com as crianças, pelas sequências que sua personagem vai enfrentar, o assunto fez você pensar ou repensar algo sobre a maternidade?
A escolha da Joana por uma produção independente, me fez pensar sobre a autonomia da mulher sobre seu próprio corpo e sobre certas decisões que, uma vez tomadas, te impactarão para o resto da vida. Decidir ser mãe solo é de uma coragem muito bonita e a Joana é uma mulher que está se descobrindo mais dona de sua própria vida e menos vulnerável a opiniões alheias.
Como foi a parceria com a Bruno Cabrerizo, e como vê esse virada da personagem? No sentido de se permitir viver um relacionamento, ainda que ela não tenha total confiança no caráter do Marcelo?
Minha parceria com o Bruno foi maravilhosa! Ele foi um excelente colega de cena. O encontro dos nossos personagens é muito inusitado e nós, atores, que até então nunca tínhamos nos visto pessoalmente, precisávamos muito do olhar um do outro. Foi muito divertido contracenar com o Bruno. Por incrível que pareça o Marcelo traz graça para a vida de Joana, traz um colorido, traz gargalhadas, mesmo ela não admitindo isso de cara.