Maria Flor relata sofrer ameaças por conta da personagem Flor Pistola
A atriz faça sobre os ataques sofridos na internet e sobre a gravação da novela Um Lugar ao Sol
atualizado
Compartilhar notícia
Nesta terça-feira (15/6), Marcelo Tas entrevista no #Provoca a atriz Maria Flor. Eles conversam sobre os ataques sofridos pela artista na internet ao interpretar a Flor Pistola; as eleições 2022; a gravação da novela Um Lugar Ao Sol, da TV Globo, em meio à pandemia; e sua experiência ao contracenar com Anthony Hopkins. A edição inédita vai ao ar na TV Cultura, a partir das 22h.
Ao ser questionada por Tas sobre qual foi a gota d’água que fez brotar a Flor Pistola, a atriz comenta que se sentia frustrada com as redes sociais, achando que não estava fazendo nada que fizesse alguma diferença. “A gota d’agua talvez tenha sido a falta de vacinas, que foi o primeiro vídeo que a gente fez. Ele fala sobre todos os países estarem já vacinandos e a gente não ter vacinas”, diz Flor.
Ela conta que sofreu ameaças de morte e ficou muito assustada com a reação violenta e o ódio das pessoas na internet. Ela ainda relata conhecer apoiadores do presidente Jair Bolsonaro que estão totalmente cegos. “Eu tenho pessoas da minha família que, inclusive, foram na motociata. Eu juro, eu tenho um tio que foi na motociata”, conta.
Quando Tas pergunta se ela tem sugestões para deter o presidente Jair Bolsonaro, a atriz diz: “A gente vai ter que votar em outra pessoa. Eu vou votar no Lula, porque ele é o único que pode realmente vencer o Bolsonaro. O que também é um problema, pois isso gera mais uma vez a polarização”. E Tas continua: quem você escolheria entre Bolsonaro e Sergio Moro, no segundo turno das eleições? “Eu voto em qualquer pessoa para tirar o Bolsonaro, qualquer pessoa. Ele é muito mal e o que ele trouxe para nossa sociedade é muito ruim”, responde Maria Flor.
Flor comenta no programa ainda sobre como foi gravar sua personagem para a próxima novela da TV Globo, Um Lugar Ao Sol, onde faz uma mulher suburbana que apanha do marido, tendo que cumprir o distanciamento social. “Uma loucura. Um processo interessante porque o set fica muito concentrado e diminui de tamanho, mas não fazemos mais a quantidade de cenas que fazíamos antes. A gente gravava 30 cenas e hoje gravamos 10. E tem a dificuldade de ter que estar de máscara para fazer o plano do outro e o outro estar de máscara quando fazem o seu plano. Cena de beijo no momento não faz. Praticamente efeitos especiais, sexo nunca mais”, conta.
Por fim, a atriz conta sobre a primeira vez que encontrou com Anthony Hopkins: “Eu cheguei e não conseguia falar e ele foi amoroso. Sentou em um piano e começou a tocar. Antes da leitura, fez um desenho para mim e assinou. Isso tudo ele fez por ele. Acho que, às vezes, quando as pessoas são tão pop star assim, elas já sabem o que vão causar no outro”.