Lucy Ramos protagoniza filme sobre Brasil dominado por milícias
Atriz encabeça o elenco de O Segundo Homem, que ainda tem Anderson Di Rizzi, Cleo, Pedro Carvalho e Negra Li
atualizado
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Lucy Ramos é Solange em O Segundo Homem, filme que estreou essa semana no Star Plus. No longa-metragem, dirigido por Thiago Luciano, a atriz encabeça o elenco junto com Anderson Di Rizzi numa história que faz o espectador perder o ar. Em um Brasil futuro, o porte de armas é liberado e as milícias dominam o país. É nesse contexto que a trama se desenvolve, sem ir para caminhos óbvios.
Para a atriz, a nova personagem está no rol dos trabalhos mais difíceis que fez.
“Solange pedia uma carga dramática, pois ele sofre de estresse pós-traumático, causado por dois assaltos à mão armada. Em um deles, ela é atingida e isso desencadeou o pânico. Ao mesmo tempo, é uma mulher forte e que segura as pontas de casa. Tive que trabalhar bem essas emoções, queria que elas ficassem suaves, mas, ao mesmo tempo, mostrassem a intensidade da personagem”, conta Lucy.
O filme foi rodado antes da pandemia da Covid-19, logo após o fim das gravações de A Dona do Pedaço, novela da qual Lucy participava. “Já estávamos trabalhando no processo do filme antes de a novela começar. No entanto, como dois atores do filme estavam na novela, resolvemos passar as filmagens para depois. Tive duas semaninhas para virar a chave, mas a Solange já estava dentro de mim”, explica a atriz, que também é produtora do longa-metragem.
Apesar de o filme ser uma ficção, não é difícil imaginar que aquela história é muito próxima de uma realidade possível. “Acho que o filme serve também como um alerta. Não tem como não pensar no contexto político e social do Brasil. Cada um que assistir fará a sua reflexão. O Thiago e o Herbert Bianchi (roteiristas) deixam aberto para quem assistir tirar as suas próprias conclusões”, pondera Lucy, que é dirigida pelo marido no novo trabalho: “Com o tempo de convivência, eu e o Thiago (Luciano) separamos bem o pessoal do profissional. E é sempre muito gratificante ser conduzida pelo olhar dele, que é tão sensível, artístico e sempre sabe tirar o melhor dos atores”.
