Ana Hikari fala sobre sua bissexualidade: “Eu nunca descobri, eu sempre fui”
No no #Provoca, atriz fala sobre relacionamentos abusivos, racismo praticado contra pessoas amarelas e bissexualidade
atualizado
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Nesta terça-feira (21/9), o apresentador Marcelo Tas recebe a atriz Ana Hikari no #Provoca. A edição traz uma conversa diversa e permeia assuntos como racismo praticado contra pessoas amarelas, bissexualidade e relacionamentos abusivos. Na TV Cultura, a edição vai ao ar a partir das 22h.
Com 26 anos, Ana é conhecida por ter vivido a personagem Tina em Malhação Viva a Diferença, porém, a atriz carrega uma representatividade ainda maior. Durante o programa, Hikari comenta sobre algumas de suas publicações em seus perfis digitais, em especial, um vídeo no qual pontua os motivos para que não a chamem de “japa”.
A atriz utiliza suas redes como ponte de abordagem de assuntos sociais importantes aos quais já vivenciou. “Estou produzindo essa discussão sobre o que é ser amarela no Brasil e ser amarela significa não ser branca. E não ser branca no nosso país significa viver uma série de discriminações (…)”, pontua Ana, que está gravando Quanto Mais Vida Melhor, a próxima novela das 7.
Tas questiona os obstáculos e violência enfrentados por Ana ao tocar no âmbito de sua sexualidade. A atriz confessa que por muito tempo reprimiu seus sentimentos e sentia-se errada pela bissexualidade. “Eu nunca descobri, eu sempre fui. O que descobri é que eu podia ser quem eu era falando pras pessoas abertamente o que eu era”, complementa.
Além disso, a conversa ainda toca parte da vida de Hikari em que vivenciou um relacionamento abusivo. Ana pontua que não foi um acontecimento de apenas uma vez em sua vida e que escolhe falar abertamente sobre, pensando nas mulheres que querem sair da mesma situação e nas que ainda podem evitá-la. O apresentador provoca a convidada e questiona que situações passadas, agora, são para ela atos claros da violência psicológica já sofrida e Ana menciona algumas das chantagens emocionais vivenciadas nos relacionamentos passados. “Eu só fui aprender que o que eu passava também era violência depois que eu sofri agressão”, finaliza a atriz.