“A personificação do mal”, diz Alexandre Nero sobre seu papel em Nos Tempos do Imperador
Na novela, que estreia em 9 de agosto – a primeira totalmente inédita desde o início da pandemia –, Tonico é raivoso, invejoso e vingativo
atualizado
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No ar como o Comendador José Alfredo em Império, Alexandre Nero será o grande vilão de Nos Tempos do Imperador. A novela, que estreia em 9 de agosto – a primeira totalmente inédita desde o início da pandemia –, vai mostrar que existem ideais que atravessam o tempo.
Nero dá vida a Tonico. Com índole contestável desde muito novo, ele conheceu Dom Pedro II (Selton Mello) quando ambos ainda eram crianças. Na ocasião, agrediu o Imperador e foi expulso da Corte por desrespeitá-lo. Com raiva da atitude do filho e, consequentemente, por perder regalias no governo, seu pai, o coronel Ambrósio (Roberto Bomfim), o mandou para Pernambuco, onde passou anos estudando e se formou em Direito. Lá, conheceu Nélio (João Pedro Zappa), seu colega de turma e único amigo até então, a quem sempre usou para se dar bem, inclusive nos estudos.
Sem a presença materna e distante do pai, Tonico carregou ao longo de todos esses anos um sentimento de inveja. Um de seus sonhos é se tornar deputado e ele ainda acredita que, um dia, tomará o lugar de Dom Pedro II e será o Imperador do Brasil – como se isso fosse possível.
Casamento arranjado
Ainda na adolescência, Tonico foi surpreendido por um acordo entre Ambrósio, seu pai, e Eudoro (José Dumont), outro coronel da região. Eles negociaram o casamento entre os filhos por interesses pessoais, com o objetivo de aumentar o número de terras na região e somar forças. Com isso, Pilar (Gabriela Medvedovski) se tornou sua noiva, em um casamento arranjado por ambos os patriarcas. Se aproxima a data da união e Tonico retorna à Bahia para oficializar a união mas, ao chegar à fazenda do pai, depois de anos em Recife, se depara com ele morto, fato que o desestrutura e muda seus planos.
A partir disso, ele passa a dedicar toda a sua energia para ir atrás do homem acusado de matar Ambrósio, sem saber que se trata de Jorge (Michel Gomes), seu irmão bastardo. Além dessa vingança pessoal, ele tem ainda o objetivo de se tornar deputado pela Bahia e se casar com Pilar – não por amor, mas por orgulho, já que não esperava ser rejeitado. Essas prioridades o guiarão em praticamente todos os seus atos, já a partir dos primeiros capítulos da obra.
“Ele é um personagem ficcional, mas talvez seja o mais real da novela. Esse cara está aí, eventualmente em mim, em nós… Talvez seja o personagem mais sem dualidade que eu já fiz. A gente sempre tenta humanizar os personagens para que as pessoas percebam os dois lados, porque ninguém é só bom ou só malvado. Mas ele é a personificação do mal, o que é bacana para a novela que ele seja. É importante que fiquei claro que ele fala coisas tão absurdas que não tem como defender”, ressalta Nero.