A doença do refluxo gastroesofágico é uma condição muito comum e que acomete um grande número de pessoas. Ele é caracterizado pelo retorno do conteúdo gástrico, que possui um pH ácido, através do esôfago. Esse órgão não deveria receber secreções ácidas e não possui tecido morfologicamente propício.

Cronicamente, a condição pode levar a inflamação da mucosa esofágica, causando bastante impacto na qualidade de vida.

Entre o estômago e o esôfago existe um músculo chamado de esfíncter esofágico inferior, que age contraindo e relaxando, evitando ou liberando a passagem de alimentos e outras substâncias.

Os principais sintomas são a sensação de queimação, dores localizadas na parte central e alta do estômago, roquidão e engasgos devido a regurgitação do conteúdo ácido, o que pode ser perigoso durante o sono.

O que fazer?

O controle dietético é fundamental e pode auxiliar no tratamento, melhorando o quadro do refluxo.

Algumas orientações básicas são:

• Consumir uma dieta com menor quantidade de gorduras, pois elas são responsáveis pelo estímulo da secreção da CCK, hormônio que ajuda na redução da pressão do esfíncter esofágico inferior (EEI);
• Fracionar as refeições entre 6 a 8 vezes por dia em volumes menores. Ingerir menos refeições com grandes quantidades de alimentos aumenta o volume gástrico e as chances de ocorrerem episódios de refluxo;
• Evitar o consumo de líquidos durante as refeições;
• Diminuir ao máximo o consumo de alimentos que reduzem a pressão do EEI, como o café, chá-mate, chá-preto, bebidas alcóolicas e até mesmo o chocolate;
• Reduzir o consumo de alimentos irritantes à mucosa, já inflamada, como pimenta, vinagre, sucos cítricos e temperos picantes;
  Outras condutas comportamentais também são de grande valia, como não se deitar logo após as refeições e mastigar bem os alimentos.