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Sentir dor não é normal: o que fazer para se livrar desse desconforto

O médico Diego Vendruscolo explica os tratamentos disponíveis para dor e como minimizar os impactos desse mal-estar

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Médico examina pescoço de paciente com nódulo-Metrópoles
1 de 1 Médico examina pescoço de paciente com nódulo-Metrópoles - Foto: Getty Images

A dor é uma experiência profundamente pessoal, desconfortável e, muitas vezes, limitante. A quantidade de pessoas que sofrem desse mal só cresce a cada dia.

Para elucidar a questão e trazer alternativas de tratamento, a Coluna Na Medida ouviu o médico Diego Vendruscolo, especialista em coluna do Hospital DF Star e Instituto Vértebra.

“Não negligencie sua dor”, inicia. Segundo ele, independentemente de ser esporádica, aguda ou persistente, toda dor tem origem e pode ser tratada. De acordo com o expert, é considerada dor aguda aquela que dura de um a dois meses e a crônica, de um mês a seis meses.

“No consultório, recebo muitos pacientes que convivem com dor durante anos, e deixam para buscar ajuda quando já estão no limite. Dor é algo desconfortável, que gera irritabilidade, limitações e estresse”, emenda.

Na visão do profissional, os tratamentos são diversos. Fisioterapia, compressa, medicamentos, fortalecimento muscular, correção postural, ajustes ou mudança quanto à maneira de dormir e se sentar são alguns deles.

mulher fazendo pilates
Exercícios da fisioterapia

“A segurança e o conforto do paciente vêm em primeiro lugar. É muito importante encontrar um alívio duradouro com terapias clinicamente comprovadas”, salienta.

Veja algumas opções:

Nível 1
As terapias básicas são o primeiro passo para diminuir a dor. O objetivo, aqui, é melhorar a mobilidade.

Abaixo, ele lista algumas estratégias eficazes:

  • Descanso e mudanças na dieta;
  • Exercício e fisioterapia;
  • Modificação cognitiva e comportamental;
  • Medicamentos anti-inflamatórios.

Nível 2
Uma segunda linha de terapia pode ser necessária se a dor não responder ao tratamento mais tradicional. Muitas delas podem ser utilizadas em conjunto com os tratamentos do nível 1.

Um exemplo é a ablação por radiofrequência (RFA), procedimento ambulatorial minimamente invasivo que usa energia térmica para interromper os sinais de dor na fonte. Ele é recomendado para quem sofre com dores no pescoço, coluna, ombro, quadril, joelho e pés.

Outros tratamentos disponíveis:

  • Estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS);
  • Medicamentos;
  • Opióides, bem como relaxantes musculares e anti-inflamatórios;
  • Bloqueios nervosos;
  • Injeção de anestésico e / ou anti-inflamatório na área dolorida.

Nível 3
Quando a dor persiste mesmo depois de aderir às terapias do nível 1 e do nível 2, o especialista de controle da dor pode recomendar opções mais complexas de tratamento. O alívio da dor crônica exige tempo e paciência, por isso, é importante a orientação de um profissional para te ajudar a encontrar a solução mais eficaz para sua condição exclusiva de dor.

Para finalizar, o médico deixa um alerta. “Muitas pessoas pensam que, ao sentir dor, a melhor opção é automedicar-se. Fique atento, nem sempre esse é o caminho”, diz. “É essencial que seja feito um acompanhamento de perto”, encerra.

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