Uma equipe de pesquisadores recrutou 43 jovens com excesso de peso para correr ou pedalar seis dias por semana durante 13 semanas. Metade deles se exercitou 30 minutos por dia, queimando cerca de 300 calorias em cada treino. Os outros se exercitaram pelo dobro do tempo, queimando cerca de 600 calorias.⠀
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Pela lógica, poderíamos esperar que o grupo que queimou mais calorias perdeu mais gordura. No entanto, não foi bem o que aconteceu. Na verdade, a perda de gordura foi praticamente idêntica. Como isso é possível?
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Primeiramente, é necessário considerar o efeito que o treino tem sobre a fome. Da mesma forma que você sente mais sede ao perder muito líquido, é comum ter mais apetite ao “suar a camisa” com mais intensidade. Assim, você facilmente consome a quantidade de calorias que queimou durante o exercício – e, às vezes, até mais.

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Tudo bem que nem todo mundo terá o apetite aumentado, mas também existe a compensação “autoconcedida”, aquela em que você pensa: “Nossa, me esforcei muito! Mereço um docinho!“. Quem nunca?
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Além disso, o organismo pode compensar o gasto calórico do exercício diminuindo seus níveis de energia ao longo do dia. Ou seja, o corpo economiza calorias para compensar aquelas que você gastou.
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Na prática, isso significa que dieta e exercício são ferramentas distintas com diferentes pontos fortes. Quando se trata de perder gordura, o que você come (ou não come) é muito mais importante do que aquilo que você faz na academia. ⠀
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O metabolismo humano é complexo demais para permitir que você manipule qualquer aspecto dele sem afetar outros. Por isso, não é uma surpresa que os treinos descritos como “queimadores de gordura” não funcionem, como são anunciados.⠀
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Sim, eles até podem queimar um grande número de calorias, mas também fazem com que o corpo reaja, ajustando os indicadores de apetite, níveis de atividade e metabolismo – e, por consequência, tornando a queima de gordura cada vez mais difícil.