O exercício é capaz de melhorar os sintomas da síndrome da fibromialgia. Estudos revelam que as atividades aeróbicas supervisionadas são eficazes na redução da dor e do número de pontos dolorosos, o que melhora a qualidade de vida e ajuda a combater a depressão.

Uma hipótese para explicar essa observação é que o treino aeróbico provoca mudanças neuroendócrinas necessárias para a melhora do humor, como o aumento de serotonina e norepinefrina.

Mas é preciso ter paciência: primeiro se ganha aptidão física e, só depois, ocorre melhora clínica. Nas primeiras semanas, é preciso destacar,  algumas pessoas podem se sentir pior e com mais dor. Isso ocorre porque os benefícios aparecem apenas entre oito e dez semanas após o início dos exercícios e continuam aumentando até a vigésima semana.

Antes de iniciar um programa de exercícios, entretanto, é importante fazer uma avaliação funcional e cardiovascular, além de uma revisão dos medicamentos em uso. É importante avaliar as informações da história pregressa de hábito de atividade física. Essas informações ajudam a individualizar a prescrição.

Prescrição do programa de exercício para pacientes com fibromialgia:

• Prescrição individualizada
• Condicionamento aeróbio deve ser prescrito para todos, exceto em casos especiais
• Treinos de força e alongamento são seguros e podem ser prescritos se houver contraindicação para treino aeróbio ou se o paciente preferir
• A preferência do paciente deve ser considerada na escolha da modalidade, que deve ser de baixo impacto
• Intensidade do treino entre 65%-70% da frequência cardíaca máxima
• Iniciar com cargas leves e aumentar progressivamente
• Diminuir carga e intensidade do treino quando houver piora na dor
• Minimizar contrações excêntricas
• Se possível, fazer programas supervisionados ou atividades em grupo
• Ser otimista sobre o quanto o exercício pode ajudar a minimizar os efeitos da síndrome
• Procurar um especialista para obter orientação segura