Como o estilo de vida pode interferir na saúde da coluna e dos joelhos

O professor Alex Griebeler, que atua na área de treinamento físico e recondicionamento de lesões há 20 anos, nos traz um importante alerta sobre o estilo de vida moderno e seu impacto na movimentação corporal.

Segundo ele, criador do método Back to Basics e proprietário do Centro de Treinamento FABRIK, pessoas que permanecem muito tempo sentadas podem desenvolver encurtamento dos músculos responsáveis pela flexão do quadril, assim como dos posteriores da coxa, ficando hiperativos. Já os glúteos acabam inibidos, causando alterações na pelve e coluna lombar.

Isso é prejudicial porque o glúteo máximo, um dos músculos mais fortes do corpo humano, é responsável pela extensão do quadril e, junto ao médio e mínimo, dá estabilidade à articulação.

“Quando essas funções não são bem desempenhadas, outros grupos musculares tentam assumir o papel, causando hiperativação e movimentos compensatórios indesejados”, afirma o professor.

“Costumo dizer aos meus clientes que devemos pensar no nosso sistema neuromuscular como um time. Se um jogador do time está correndo demais (hiperativo), é porque outro não está desempenhando seu papel como deveria (hipoativo)”, completa Griebeler.

A baixa ativação dos glúteos, conhecida como amnésia glútea, tem relação com uma série de problemas, tais como:

» Aumento do risco de lombalgias e problemas na coluna lombar;

» Dor anterior no joelho (DAJ);

» Condropatias patelares (crondomalácia patelar);

» Aumento do risco de lesão nos músculos posteriores da coxa;

» Aumento do risco de lesão no ligamento cruzado anterior (LCA);

» Síndrome da Banda Íliotibial (comum em corredores).

O papel dos professores de educação física e fisioterapeutas é descobrir as causas e propor soluções. Contudo, uma avaliação mais detalhada é fundamental para o diagnóstico preciso, pois fatores de risco podem estar associados.