1 de 1 policia militar do rio de janeiro
- Foto: Valter Campanato/Agência Brasil/Arquivo
Alvo de operação policial na madrugada desta quarta-feira (29/1), criminosos ligados ao Terceiro Comando Puro (TCP) usavam extorsão para arrecadar dinheiro de funcionários de empresas provedoras de internet, água e gás, que só podiam atuar no Complexo da Maré (RJ) mediante o pagamento de mensalidades de até R$ 10 mil.
A ação, batizada de Conexão Perdida, é uma operação conjunta das forças de segurança do Rio de Janeiro e do Espírito Santo e resultou no fechamento da Avenida Brasil. Houve intensos tiroteios e barricadas em chamas, mas até o momento, não havia informações sobre feridos. Um homem foi preso.
A polícia mira nos responsáveis por esquema de lavagem de dinheiro. A Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo identificou que traficantes capixabas se instalaram na Maré para expandir atividades ilegais e movimentaram pelo menos R$ 40 milhões em um ano.
Para ocultar os valores ilícitos, os criminosos administravam diversas contas bancárias, incluindo uma casa lotérica e um “banco paralelo”, uma espécie de instituição financeira clandestina que oferecia empréstimos para moradores da favela.
Além de lavar dinheiro do tráfico local, o esquema também movimentava recursos do TCP em Vitória (ES).
“Irmãos Vera”
As investigações tiveram início em novembro de 2023, após a prisão do traficante Luan Gomes de Faria, em Vitória. Ele e o irmão, Bruno Gomes de Faria, conhecidos como os “Irmãos Vera”, comandavam o TCP no Espírito Santo. Após a prisão de Luan, Bruno se deslocou para o Complexo da Maré, onde reforçou a presença do grupo na região.