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PMs dão depoimento sobre blitz feita a mando de oficial preso por 8/1

Câmeras de segurança captaram o momento em que Jorge Naime, identificado pelas investigações, coordenava a abordagem

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PMs dão depoimento sobre blitz feita a mando de oficial preso por 8/1
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Nessa quinta-feira (9/1), policiais militares envolvidos em uma blitz supostamente encomendada prestaram depoimento à Delegacia de Repressão à Corrupção (Decor), que investiga o caso liderado pelo coronel da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Jorge Eduardo Naime Barreto. O oficial é suspeito de utilizar sua posição para organizar operações contra uma empresária, a pedido do ex-marido dela, em meio a um processo de separação conturbado.

De acordo com as investigações, Naime foi contratado pelo ex-marido como “chefe de segurança” e teria usado a estrutura da PMDF para perseguir a mulher. Documentos obtidos pela Decor indicam que o coronel coordenava monitoramentos ilegais e abordagens intimidatórias, envolvendo policiais em ações direcionadas. Um dos episódios ocorreu em 30 de outubro de 2024, quando o motorista da empresária foi abordado por uma viatura enquanto transportava uma das filhas da mulher e a babá, próximo a uma escola no Lago Sul.

Câmeras de segurança captaram o momento em que Jorge Naime, identificado pelas investigações, coordenava a abordagem. Ele e um comparsa foram vistos se posicionando estrategicamente antes da blitz, que começou logo após o veículo da empresária passar pela viatura. Durante a ação, os policiais exigiram os documentos do motorista, confiscaram temporariamente seu celular e fotografaram a carteira de motorista, enquanto outro policial mantinha a arma em punho. A criança de 5 anos que estava no veículo presenciou toda a cena.

Após a abordagem, Naime foi flagrado conversando com os policiais dentro da viatura. A análise das imagens confirma que ele liderou a ação, com o objetivo de intimidar a empresária.

Histórico

Jorge Naime também já foi investigado por sua participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro em Brasília, que resultaram em sua prisão preventiva em 2023. Acusado de crimes como tentativa de golpe de Estado e danos ao patrimônio público, ele foi liberado em maio de 2024, com imposição de medidas cautelares pelo ministro Alexandre de Moraes, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e recolhimento domiciliar noturno.

Agora, ele enfrenta novas acusações de stalking, monitoramento ilegal e porte ilegal de armas.

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