PF prende “torres” e conselheiros do Comando Vermelho em megaoperação
A Operação Manzuá teve início em abril de 2024, quando um integrante do Comando Vermelho, líder da facção, foi preso
atualizado
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A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco-PA) deflagrou, nos dias 8 e 9 de janeiro, a Operação Manzuá, que resultou na prisão de quatro integrantes de uma organização criminosa nacional, além do cumprimento de oito mandados de busca e apreensão. Entre os alvos estão integrantes do Comando Vermelho com funções de “torre” – gerente de operações em bairros ou cidades, conselheiros e fornecedores.
Na quarta-feira (8/1), por volta das 21h30, um dos principais alvos foi preso ao desembarcar de balsa em um porto no bairro do Guamá (PA), vindo de Gurupá.
Já na quinta-feira (9/1), as prisões ocorreram nos municípios de Ananindeua, Xinguara e Santa Izabel do Pará, com apoio da Polícia Civil e da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). Um dos mandados foi cumprido contra um preso em Santa Izabel, que já respondia pelo crime de tortura. Cinco mandados de busca e apreensão também foram realizados nesta etapa. Todas as medidas foram autorizadas pela Vara de Combate ao Crime Organizado.
Funções na organização criminosa
Os investigados desempenhavam papéis estratégicos dentro do Comando Vermelho, incluindo:
• “Torre”: responsáveis pela gerência local de operações da facção;
• Conselheiros: tomadores de decisão em missões específicas;
• Fornecedores: encarregados do abastecimento de materiais e logística.
A estrutura da organização é descrita como altamente hierarquizada e operacional em várias regiões do estado.
Início das investigações
A Operação Manzuá teve início em abril de 2024, quando um integrante do Comando Vermelho, líder da facção na cidade de Tomé-Açu, foi preso. As investigações se aprofundaram, revelando a rede criminosa que atua no tráfico de drogas e outras atividades ilícitas na região.
Os mandados foram cumpridos com o apoio de diversas unidades policiais, incluindo o Núcleo de Inteligência Policial (NIP), o Núcleo de Apoio à Investigação de Redenção, a Polícia Federal em Santarém e a Polícia Civil em Parauapebas, Xinguara, São João de Pirabas e Gurupá.
Ficco
A Ficco-PA, formada pelas polícias Federal, Civil do Pará e Seap, tem intensificado suas ações contra o crime organizado, especialmente contra facções como o Comando Vermelho. A força-tarefa tem foco no combate ao tráfico de drogas e às redes criminosas que atuam na região amazônica.
Os investigados agora responderão pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e associação ao tráfico, enquanto as autoridades continuam monitorando as atividades da facção no estado.