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Veja esquema de policial para dar regalia a faccionados na Papuda

As operações Ligação Direta e Vili Pretio revelaram uma rede de corrupção que envolvia detentos, familiares e intermediários

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Uma investigação conduzida pela Polícia Federal, que a coluna teve acesso com exclusividade, detalhou o esquema operado pelo policial penal Rafael da Conceição Barretto, preso em julho de 2024, por conceder regalias a detentos do Complexo Penitenciário da Papuda em troca de vantagens financeiras. O grupo foi denunciado pele Ministério Público Federal (MPF).

As operações Ligação Direta e Vili Pretio, deflagradas ao longo do ano passado, revelaram uma rede de corrupção que envolvia detentos, familiares e intermediários, subvertendo o sistema prisional do Distrito Federal.

Rafael Barretto usava sua posição para oferecer benefícios ilegais a presos, cobrando dinheiro ou outras vantagens. Entre os privilégios concedidos estavam:
• Relocação para alas mais favoráveis.
• Entrada de “cobals” (itens de higiene, alimentos e roupas) de forma clandestina.
• Prioridade na classificação para acesso a trabalho e cursos profissionalizantes.
• Redução de punições disciplinares.
• Facilitação de comunicação externa, incluindo mensagens de áudio, videochamadas e cartas.
• Permissão de uso de celulares, o que viola normas prisionais.

De acordo com as investigações, os esquema contava com a participação de líderes faccionados, parentes de detentos e até mesmo advogados. Além disso, Barretto utilizava táticas de chantagem emocional para obter vantagens. Ele informava os familiares sobre o estado de saúde dos presos, criando urgência e pressionando-os emocionalmente a conceder empréstimos.

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Em episódio desvendado pela PF, o servidor usou uma videochamada para convencer a esposa de um detento a ajudá-lo financeiramente. Os pagamentos eram realizados por meio de transferências bancárias.

Em denúncia assinada em novembro do ano passado, o Ministério Público Federal denunciou o policial por corrupção passiva, prevaricação especial e comércio ilegal de artefatos bélicos. Além da prisão de Barretto, foi solicitado que ele perca seu cargo público e responda pelos crimes imputados.

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