Interpol: estuprador do DF é preso na Colômbia dando aula para menores
Os abusos contra o menino teriam começado em 2019, quando a vítima tinha 9 anos. Tudo ocorria na casa onde criança vivia com a família
atualizado
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Suspeito de estuprar um menino do Distrito Federal durante quatro anos, o professor de educação física Ricardo Mello Marcelos (foto em destaque), 23 anos, um dos homens mais procurados pela Ameripol e Interpol, foi preso nessa segunda-feira (6/1), na Colômbia. A investigação foi conduzida pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e a ação de captura teve apoio da Polícia Federal, por meio da Interpol.
A prisão ocorreu após um trabalho de investigação de mais de seis meses, através do uso de tecnologia, técnicas especiais de apuração e cooperação com pelas autoridades policiais brasileiras. O criminoso estava na cidade de Bogotá, bairro San Cristóbal Sur. O detido está à disposição da Procuradoria-Geral da República (PGR) através da Direção de Assuntos Internacionais.
O suspeito vivia na Colômbia, onde chegou a treinar um time juvenil de futebol.
Veja:
Nas redes sociais, o Barcelona de Colômbia chegou a divulgar o nome de Ricardo Mello como parte da equipe de treinamento do time juvenil. A sede do clube fica no bairro de Hayuelos, em Bogotá, capital colombiana. Na mensagem, o time disse que estava apresentando os treinadores que iriam ajudar na direção, preparação e projeção de cada categoria.
Questionado em março do ano passado pelo Metrópoles, o Barcelona de Colômbia informou, à época, que o professor havia sido demitido e que não exercia mais nenhum cargo no clube.
A direção do time afirmou, ainda, que acionou a polícia colombiana para informar sobre os crimes praticados no Brasil pelo foragido.
Abusos no DF
Os abusos contra o menino teriam começado em 2019, quando a vítima tinha 9 anos. Tudo ocorria na casa onde criança vive com a família, no Jardim Botânico, região nobre de Brasília.
De acordo com a PCDF, Ricardo era vizinho da vítima e começou a se aproximar do garoto. Após fazer amizade e ganhar a confiança da mãe da criança, o suspeito passou a frequentar a casa.
Sob o o pretexto de jogar videogame, vários abusos sexuais teriam sido cometidos. Os supostos ataque sexuais duraram até novembro de 2023, quando a criança conseguiu contar para a mãe o que sofria.
Denúncia e fuga
Diante dos relatos da criança, a mulher procurou a 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul). Após depoimentos de testemunhas, os investigadores indiciaram Ricardo como autor do crime de estupro de vulnerável.
Quando soube da denúncia, o professor fugiu. O 2º Juizado de Violência Doméstica e Familiar de Brasília atendeu ao pedido do delegado da 10ª DP e expediu mando de prisão preventiva em desfavor do indiciado.