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Celular escondido em sofá ajudou a revelar tráfico bilionário no DF

O aparelho estava escondido na casa de Ailton José da Silva, um dos líderes da quadrilha, conhecido como “Calcinha”

atualizado

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A Polícia Federal (PF) conseguiu desarticular um dos maiores esquemas de tráfico de drogas do Distrito Federal, que movimentava bilhões de reais. O estopim para a revelação desse esquema criminoso foi um celular encontrado escondido dentro de um sofá na casa de Ailton José da Silva, conhecido como “Calcinha”, um dos principais líderes da organização. A apreensão se deu no âmbito da Operação Rei do Skunk.

Durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na residência de Ailton, os investigadores da PF localizaram um celular iPhone branco, escondido cuidadosamente dentro de um sofá. Esse aparelho se tornaria a chave para entender o funcionamento interno da organização criminosa e suas conexões.

A análise técnica do celular revelou informações que ajudaram a polícia a aprofundar as investigações, proporcionando detalhes cruciais sobre a logística e a dinâmica do tráfico de drogas. Com isso, a PF conseguiu rastrear os movimentos financeiros da quadrilha, além de identificar novos envolvidos no esquema.

Rei do Skunk

A apreensão do celular ocorreu durante um dos desdobramentos da Operação Rei do Skunk, que investigava o tráfico internacional de drogas. A descoberta das conversas e dos dados armazenados no celular de Ailton José da Silva foi fundamental para a instauração de um novo inquérito, dando início à Operação Siderado, deflagrada em dezembro do ano passado e que desmantelou uma rede de tráfico e lavagem de dinheiro que movimentou mais de R$ 2 bilhões em dois anos.

Entre as provas coletadas, estavam conversas que indicavam a participação de diversas pessoas na rede criminosa, incluindo fornecedores de drogas e clientes. Essas comunicações ajudaram a PF a entender o modus operandi do grupo, incluindo o transporte de drogas, a lavagem de dinheiro e o controle das finanças.

O tráfico de drogas descoberto pela PF não era apenas uma operação de vendas ilícitas. A organização liderada por Ailton “Calcinha” Silva também estava envolvida em práticas extremamente violentas, como sequestros e torturas de membros suspeitos de traição.

Durante as apurações, os investigadores descobriram que uma “mula” do tráfico foi sequestrada e torturada pelo grupo. A vítima foi acusada de desviar parte da carga de drogas. O rapaz foi mantido em cativeiro e brutalmente agredido por membros do grupo como punição.

Confira as imagens:

Tráfico internacional

O esquema criminoso não se limitava ao Brasil. As investigações apontaram para uma rede internacional de tráfico de skunk, uma variedade de maconha com alto teor de THC, que vinha da Colômbia e era distribuída para diversos estados brasileiros e até para países da Europa.

Para transportar as drogas, o grupo usava empresas de fachada, como a Dois Anjos Transportes e Mudanças, disfarçando o envio de grandes quantidades de drogas como “mudanças” ou “transporte de mercadorias”.

A lavagem de dinheiro também era um aspecto fundamental da operação, com o uso de empresas laranjas e transferências financeiras disfarçadas. A organização enviava grandes somas de dinheiro para a Colômbia, financiando a compra de novas remessas de drogas. Esses recursos eram então movimentados por meio de empresas de fachada e contas bancárias em nome de laranjas, dificultando o rastreamento.

Operação Siderado

A Operação Siderado resultou no cumprimento de 19 mandados de prisão e 13 mandados de busca e apreensão nos estados de Goiás, Minas Gerais, Amazonas, Bahia e no Distrito Federal. Além disso, 38 contas bancárias foram bloqueadas e as atividades de sete empresas acabaram suspensas, como parte do esforço para desmantelar a rede criminosa.

Um dos líderes do grupo também foi incluído na Difusão Vermelha da Interpol, o que indica a dimensão internacional da operação.

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