Vamos deixar os cracudos da Cracolândia em paz, como quer a esquerda
A ofensiva contra o trabalho dos governos estadual e municipal na Cracolândia conta com a Justiça, a Defensoria e o jornalismo, claro
atualizado
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A Justiça paulista proibiu a Guarda Civil Metropolitana de operar como se fosse Polícia Militar na Cracolândia.
A GCM não pode fazer mais operações com formação típica da PM e não pode mais utilizar bombas de gás e balas de borracha para dispersar e expulsar drogados.
Além disso, a GCM terá de criar um canal direto para receber denúncia contra agentes que tenham infringido a determinação da Justiça, e a prefeitura terá de apresentar um plano de atuação da GCM.
A ofensiva contra o trabalho dos governos estadual e municipal na Cracolândia vem de todos os lados. A Defensoria Pública do Estado, aquela que empossou novos defensores em um prédio ocupado, fez um relatório no qual diz que “há restrição permanente do direito de ir e vir das pessoas que vivem em vulnerabilidade social no território — seja pela colocação de grades, seja pela expulsão das pessoas das ruas e espaços públicos”. Enquanto isso, o jornalismo aplaude.
Então, fica combinado: vamos deixar os cracudos da Cracolândia em paz para transformar a vida dos outros em um inferno, vamos abandonar de vez o centro de São Paulo a drogados, traficantes e ladrões. Haverá sempre um policial bandido para justificar que não se faça nada contra a degradação urbana e a insegurança pública. Ou melhor, que se faça a favor de que tudo piore ainda mais, se isso é possível, bem ao gosto da esquerda que ama a humanidade, mas não a parte decente dela.