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Terceira Guerra Mundial: vencer Putin é evitar o fim do mundo

A Terceira Guerra Mundial ganhou capítulo adicional com a permissão de Joe Biden para que a Ucrânia use mísseis americanos de longo alcance

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1 de 1 Imagem colorida mostra Vladimir Putin em primeiro plano e Kim Jong-un ao fundo - Metrópoles - Foto: Contributor/Getty Images

O que torna ainda mais patética a declaração final da reunião de cúpula do G20 é que estamos vivendo a Terceira Guerra Mundial, apesar da cara de paisagem dos líderes presentes e da felicidade de Lula, bem como da imprensa nativa, com a tal aliança contra a fome no mundo, enquanto o mundo, tal como o conhecemos, pode acabar amanhã. Sim, subi no meu banquinho para bancar o apocalíptico aos transeuntes.

A Terceira Guerra Mundial ganhou capítulo adicional com a permissão do presidente Joe Biden para que a Ucrânia use mísseis americanos de longo alcance para atingir território russo. Foi em resposta ao prefácio: a entrada na guerra de tropas norte-coreanas para combater o exército ucraniano ao lado dos russos.

Ato continuo, Vladimir Putin, que já havia transferido armas nucleares para a sua fantoche Bielo-Rússia, mudou a doutrina de defesa nacional para ameaçar com o seu arsenal atômico quem ajudar os ucranianos a atingir território russo e quem ousar atacar também aliados da Rússia, como a própria Bielo-Rússia e a Coreia do Norte. “A agressão contra a Federação Russa e (ou) seus aliados por qualquer estado não nuclear com a participação ou apoio de um estado nuclear é considerada um ataque conjunto”, diz agora a doutrina sobre as situações nas quais Moscou pode retaliar com o seu poderio atômico. É uma chantagem diante da qual não se pode capitular.

Até 20 de janeiro, quando Donald Trump tomará posse, a situação na Ucrânia não deve se alterar, inclusive porque o General Inverno trabalha contra os dois lados.

O presidente eleito dos Estados Unidos elegeu-se dizendo que acabaria com a guerra em um dia. Ele deverá reverter a permissão de Joe Biden. Donald Trump  só conseguirá uma paz rapidamente, contudo, se forçar os ucranianos a se renderem à Rússia, entregando a Vladimir Putin um quinto do território do país, em troca da palavra do ditador russo de que não agredirá mais o vizinho, o que equivale a nada. Uma humilhação para a Ucrânia e também para os Estados Unidos e os seus aliados ocidentais.

Será paz de cemitério, como já dito aqui, e que durará apenas o tempo suficiente para que Vladimir Putin, encorajado pela poltronice americana, recomponha o seu exército e volte a atacar não só a Ucrânia, como outros países que igualmente faziam parte da Cortina de Ferro

Ao contrário do que acredita Donald Trump, o problema não é a teimosia de Volodymyr Zelensky, mas as ambições do ditador russo. O erro de fazer vista grossa para a invasão da Crimeia, em 2014, deveria ter ensinado que ele não renunciará a conquistar a Ucrânia, o seu objetivo expresso, e a tomar territórios antes anexados pelos soviéticos, no seu devaneio de ressuscitar a União Soviética. O ditador também não cessará a sua guerra suja contra os países ocidentais.

Vladimir Putin tem no seu ódio ao Ocidente, no seu sonho imperialista, a sua razão de viver. Derrotar Vladimir Putin é a única forma de evitar que ele, ou um continuador seu, prossiga na sua escalada de destruição do mundo, agregando outros aventureiros. É o que a realidade e a história mostram.

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