A interferência política na Petrobras, presidida pela obediente Magda Chambriard,  mostrou resultado substancioso: prejuízo de R$ 2,6 bilhões de reais no segundo trimestre.

Esqueça todas as acrobacias que circulam nos jornais para convencer você de que o errado está dando certo. O prejuízo é porque a empresa, sob o tacão do governo Lula, abandonou a política de paridade com preços internacionais e a substituiu pela política do segura-aí-enquanto-você-acha-que-dá.

Ou seja, os acionistas da Petrobras estão pagando com o próprio bolso para que os brasileiros tenham a ilusão de que a gasolina não sobe ou sobe menos na bomba. 

Ah, mas os acionistas vão receber dividendos mesmo assim. Verdade. Dividendos menores do que se a empresa tivesse obtido lucro. E é por mágica bem brasileira que a Petrobras paga dividendos no prejuízo: avançando sobre o próprio capital.

Como segurar os preços dos combustíveis deu errado no governo Dilma Rousseff, o governo Lula achou uma boa ideia repetir o erro. 

É manobra populista que sangra a empresa e represa a inflação só por algum tempo. Tempo suficiente para o governo continuar gastando o que não pode — e imprimindo cada vez mais dinheiro para pagar a conta que não fecha, a verdadeira causa da inflação.

Você paga em dobro pelo prejuízo da Petrobras. Como acionista indireto, já que o governo brasileiro tem quase 29% da empresa e também é prejudicado por maus resultados da petroleira, e como cidadão que verá esse dique artificial contra a inflação se romper lá na frente. Super bacana.