Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, é o nome da direita mais bem posicionado para se lançar candidato a presidente da República, em 2026. É o que dizem as pesquisas.

Desde que elas passaram a mostrar o crescimento da sua aprovação no exercício do cargo executivo mais vistoso da federação, à exceção da presidência, comenta-se qual é a sua real disposição, tanto na imprensa como nos bastidores da política.

 Há quem diga que Tarcísio de Freitas privilegia a reeleição ao Palácio dos Bandeirantes e ponto final. Outros afirmam que ele acompanha com interesse as pesquisas que o mostram muito próximo de Lula na preferência dos eleitores — e que entrará na disputa nacional se o chefão petista, candidato natural até o momento, não reverter o desgaste da sua imagem.

Neste momento, há dois personagens que não querem que Tarcísio de Freitas se lance à presidência daqui a dois anos, para além dos potenciais concorrentes na mesma faixa de público, como Ronaldo Caiado, Ratinho Jr. e Romeu Zema. 

O primeiro personagem é, obviamente, Lula. Não há garantia de que a sua aprovação irá melhorar, visto que a conta da gastança pública, na forma de inflação e desemprego, poderá vir ainda no seu terceiro mandato. Neste caso, um adversário como Tarcísio, bom administrador do estado mais importante do país, é o pior dos cenários.

O segundo personagem é Gilberto Kassab, dono do PSD e secretário de Governo e Relações Institucionais do estado de São Paulo. Ele submergiu nos últimos tempos para se resguardar dos ataques bolsonaristas, mas continua trabalhando para que Tarcísio se candidate à reeleição a governador.

O motivo é que Gilberto Kassab quer ser vice na chapa de Tarcísio de Freitas ao Palácio dos Bandeirantes. Ele acha que ser vice-governador é o melhor caminho para se candidatar ao governo paulista, em 2030 — quando, aí, sim, Tarcísio de Freitas não terá Lula pela frente de jeito nenhum. E, claro, para ser governador durante algum tempo, depois que o titular do Bandeirantes deixar o cargo para concorrer ao Planalto.