Peça para sair, Haddad, Lula não quer saber mais de você na Fazenda…
… Ou pare de fingir, Haddad, que acredita nos livros que lê, chute logo o pau da nossa barraca e assuma ser o poste que você sempre foi
atualizado
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Vamos lá, Haddad, peça para sair. Lula não quer saber mais de você no Ministério da Fazenda, está na cara.
Você lê livros demais, conversa pouco com quem interessa no Congresso, dá trela demais a Roberto Campos Neto, aquele sabotador que a direita colocou no Banco Central para atrapalhar o governo do PT, e o pessoal da Faria Lima se esforça para gostar um pouco de você. Virou capitalista, companheiro?
É insuportável essa história de você ainda tentar — não muito, mas o suficiente para atrapalhar os planos de Lula — segurar os gastos do governo. Que mania é essa de achar que todo gasto é gasto? Quem você acha que manda na economia, rapaz?
Ouça o seu presidente, Haddad:
“O problema é que aqui no Brasil tudo é tratado come se fosse gasto. Dinheiro para pobre é gasto, investimento em saúde é gasto, investimento em educação é gasto.”
Não entendeu, Haddad? Ele acha que gasto é vida, assim como Dilma Rousseff achava, e não quer saber de limite no cartão. Também quer baixar os juros na marra, porque acha que, assim, o governo vai poder pegar ainda mais dinheiro emprestado para gastar. Quer dizer, para investir. Como é que governo paga empréstimo? Aumentando ainda mais os impostos, qual é o problema?
Ouça o seu presidente, Haddad:
“Esse País não pode ficar todo dia tomando susto de que o mercado não gostou disso e não gostou daquilo. O mercado está ganhando muito dinheiro com essa taxa de juros. Isso tem de ficar claro para a sociedade. E o presidente do Banco Central tem de saber que quem perde dinheiro com essa taxa de juro alta é o povo brasileiro.”
Aumento de inflação vira detalhe, Haddad, se os eleitores puderem comprar geladeira e televisão em 36 parcelas. Breja gelada, futebol em tela grande, eles nem vão sentir a pancada.
Você não percebeu, Haddad, que, para ser reeleito, Lula precisa ressuscitar aquela ficção do primeiro mandato, o da “nova classe C”? O futuro do país que se dane, o único futuro que interessa é o dele próprio, o de 2026. Abacaxi é para ser descascado lá adiante pelos outros.
Peça para sair, Haddad, ou pare de fingir que acredita nos livros que anda lendo, chute logo o pau da nossa barraca e assuma integralmente ser o poste que você sempre foi.
PS: Que fim de linha, hein, Geraldo Alckmin?