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Para 55% dos brasileiros, governo Lula é pior ou igual a de Bolsonaro

Esse é o dado trazido pela pesquisa Quaest sobre o governo Lula. Para a imprensa, não poderia haver nada pior do que o governo Bolsonaro

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Arte mostra desenhos dos candidatos à presidência Lula e Bolsonaro sob as cores, respectivamente, vermelho e azul - Metrópoles
1 de 1 Arte mostra desenhos dos candidatos à presidência Lula e Bolsonaro sob as cores, respectivamente, vermelho e azul - Metrópoles - Foto: Yanka Romão/Metrópoles

A maioria dos brasileiros não está satisfeita com o governo Lula, como mostra a mais recente pesquisa Quaest, concluída em setembro. Um terço dos cidadãos o avalia negativamente, um terço acha o governo apenas regular e o outro terço avalia positivamente.

A pesquisa também indica que a maioria dos brasileiros acredita que o país está indo na direção errada, que a economia piorou nos últimos 12 meses e que, comparado a um ano atrás, o poder de compra diminuiu.

Quanto a emprego, a maioria acha que está mais difícil conseguir uma vaga, apesar de as estatísticas oficiais mostrarem que a taxa de desocupação encolheu. Há luz no final do túnel? Desde julho, caiu de 52% para 45% a parcela dos cidadãos que disseram que a economia vai melhorar e subiu de 27% para 36% os que afirmam que ela vai piorar.

O dado que deve estar mais doendo no Palácio do Planalto, contudo, é que despencou o número de brasileiros que acham que o governo Lula é melhor do que o de Jair Bolsonaro. Em julho, eram 51%; agora, são 38%.  No mesmo intervalo, aumentou sobremaneira a parcela dos que acham os dois iguais: de 8% para 22%. Já a porcentagem de brasileiros que consideram o governo Lula pior do que o governo Bolsonaro oscilou de 36% para 33% (em fevereiro, ela era de 27%).

Da perspectiva da imprensa e da cúpula do Poder Judiciário, não poderia haver nada pior do que o governo Bolsonaro. Pois a maioria dos brasileiros, 55%, acha que o governo Lula é pior ou igual ao do seu antecessor. Fato tão mais interessante porque o atual presidente não teve de enfrentar a pandemia e o antigo presidente continua a ser pintado como se fosse a encarnação de Belzebu.

Para completar a diversão, de acordo com a pesquisa Quaest, no país em que o Twitter foi censurado, aumentou um pouco o número de pessoas que se informam sobre política pela TV e por portais, blogs e sites de notícias, todos muito imparciais, e diminuiu bastante a quantidade dos que se mantêm atualizados a respeito desse magnífico assunto pelas redes sociais, o grande mal do século.

Deixo a pergunta para vocês aí que dominam a cena: como fazer para recivilizar o Brasil?

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