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Hezbollah: com estado palestino, o Hamas continuaria a atacar Israel

Hezbollah e Hamas: o ódio dos terroristas patrocinados pelo Irã a Israel é incancelável, inclusive porque é a única democracia na região

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Imagem colorida mostra membros do Hezbollah com os braços levantados - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra membros do Hezbollah com os braços levantados - Metrópoles - Foto: Marwan Naamani/picture alliance via Getty Images

A tragédia libanesa tem três culpados: o  grupo terrorista Hezbollah, o Irã e uma chusma de políticos irresponsáveis e corruptos que contribui para mergulhar o país no caos. 

Não começou ontem. Antes do Hezbollah, o Líbano serviu de refúgio a milhares de palestinos e como base de operações contra Israel para os terroristas da Organização de Libertação da Palestina, que haviam sido expulsos da Jordânia. Depois de abandonar as armas, a OLP deu origem à Autoridade Palestina, que desgoverna a Cisjordânia e foi enxotada da Faixa de Gaza pelos terroristas do Hamas.

Com o afluxo palestino, o delicado equilíbrio demográfico-religioso entre muçulmanos, cristão maronitas e drusos, que está na base do sistema político do Líbano, rompeu-se e estourou uma guerra civil que durou 15 anos, de 1975 a 1990. O conflito envolveu Israel e Síria, engendrou horrores dos quais ambos os países foram cúmplices e esgarçou o tecido social e institucional libanês, que nunca mais se recompôs.

O Hezbollah surgiu na última década da guerra civil para combater Israel no sul do Líbano, ocupado para evitar que a OLP continuasse a fazer o que o Hezbollah faz hoje: atacar o norte israelense.

Assim como ocorre com o Hamas, é o regime iraniano que patrocina o Hezbollah. Da mesma forma que os terroristas palestinos, os terroristas libaneses formaram um partido político para adquirir aparência de legitimidade democrática.

É uma farsa. Ambos querem que os seus respectivos países se transformem em teocracias semelhantes à do Irã, embora o Hamas seja sunita, não xiita como o Hezbollah, que tem a mesma filiação religiosa dos aiatolás iranianos.

Internamente, os terroristas do Hezbollah e do Hamas querem solapar qualquer sistema minimamente democrático. Externamente, têm objetivo idêntico ao do Irã, e por isso também são apoiados por ele: querem eliminar Israel da face da Terra e todos os judeus do Oriente Médio, quiçá do mundo. 

Não mudaria nada se o primeiro-ministro israelense fosse outro, que não Benjamin Netanyahu, e não estou apagando as culpas de Bibi, que estimula assentamos ilegais na Cisjordânia e foi calculadamente negligente com a crescente ameaça representada pelo Hamas.

Em outras palavras, o Hezbollah libanês é a prova de que, se houvesse um estado palestino, Israel continuaria a ser alvo do Hamas, estivessem os terroristas no poder como partido político ou não. O ódio aos israelenses é incancelável, inclusive porque eles edificaram a única democracia no Oriente Médio. São, portanto, “mau exemplo”.

Entre a ignorância e a má-fé ideológica, a imprensa igualou Israel ao Hamas, na reação ao famigerado 7 de outubro. Agora, faz o mesmo em relação a Israel e o Hezbollah.

É como se Israel tivesse prazer em matar civis ou pretendesse matar todos os palestinos e libaneses que o rodeiam. Trata-se de uma falsidade. Hamas e Hezbollah oprimem os seus povos e os usam como escudos humanos.

No sul do Líbano, o Hezbollah usa casas e outras construções civis para esconder os seus foguetes que continuamente são lançados contra o norte de Israel.

Em janeiro deste ano, tive a oportunidade de visitar a cidade israelense de Kyriat Shmona, que fica na região. Dos 24 mil habitantes, só sobraram 3.500. Todos os demais tinham sido evacuados para 223 hotéis em outras partes de Israel por causa dos foguetes do Hezbollah. 

Desde o massacre promovido pelo Hamas, Kyriat Shmona havia sido atingida por 200 foguetes do Hezbollah. Esse número deve ter aumentado exponencialmente. A prefeitura da cidade está instalada em um bunker.

Israel nunca deixou de ser atacado pelo Hezbollah. O que varia é a intensidade dos ataques. Neste momento, a situação chegou a tal ponto que o exército israelense tenta fazer com os terroristas libaneses o que fez com os terroristas palestinos: reduzir ao máximo o seu poder de fogo, ainda que o discurso seja o de aniquilar o Hezbollah e o Hamas.

A verdade é que nunca haverá paz no Oriente Médio enquanto Hezbollah e Hamas forem patrocinados pelo Irã. Ao sustentar os dois grupos terroristas, o regime iraniano inviabiliza a formação de um estado palestino pacífico e perpetua a tragédia libanesa. Os aiatolás precisam ser derrubados para que Hezbollah e Hamas minguem e, desse modo, possam ser destruídos pelo próprios povos que eles afligem. Com essa limpeza, os corruptos libaneses e palestinos talvez sejam levados de roldão.

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