O caminho se abre para Dilma assumir a presidência do Banco dos Brics
Marcos Troyjo sai, mas o Brasil continuará à frente da instituição até 2025. Com Dilma lá, o banco de fomento poderá ganhar um viés político
atualizado
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A saída de Marcos Troyjo da presidência do New Development Bank, o Banco dos Brics, abre caminho para que Dilma Rousseff assuma o seu lugar, como quer Lula.
Com a petista na presidência, o banco de fomento multilateral, que teve grande impulso sob a presidência de Marcos Troyjo, poderá se tornar instrumento para um maior alinhamento do Brasil com China e Rússia, antagonistas aos Estados Unidos.
Esse alinhamento passa pela possível inclusão de Venezuela e Cuba na instituição, cujos regimes ditatoriais são mais do que simpáticos a Pequim e Moscou e que mantém relações estreitas com o PT, no rol de países beneficiados pela instituição, assim como a entrada da Argentina, cuja economia desmorona a olhos vistos, comandada pelo peronismo que o PT admira.
De banco de fomento, o New Development Bank se transformaria, dessa forma, em banco com viés político, possibilitando até mesmo a criação de um sistema de trocas comerciais e financeiras paralelo ao internacional, comandado pelos Estados Unidos — um sistema internacional que, neste momento, impõe restrições severas à Rússia, por causa da agressão militar à Ucrânia.
China, Rússia e, em menor grau, a Índia, com os seus movimentos pendulares, desejam sair da esfera de influência do dólar americano, a moeda sobre a qual o mundo comercial e financeiro está alicerçado. Desejo igualmente nutrido pelo PT, não pelo Brasil.
Não se trata de dar apenas de proporcionar a Dilma Rousseff um salário mensal equivalente a 290 mil reais.