metropoles.com

Lula e os seus ministros não sabem nem mesmo como funciona uma padaria

Não dá mais para fingir que Lula e os seus comediantes têm responsabilidade fiscal e sabem o que fazem. Improvisa-se para gastar ainda mais

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto
Imagem colorida de presidente Lula gesticulando no Planalto - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de presidente Lula gesticulando no Planalto - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto

A improvisação para gastar mais é a marca do governo Lula. Ele e a sua trupe de comediantes ministeriais não têm a mais remota ideia de como administrar um país.

Veja-se a trapalhada que fizeram com essa MP do Fim do Mundo. Para compensar a progressão na volta da oneração fiscal da folha de pagamentos das empresas, o ministro Fernando Haddad tirou da cachola limitar que as empresas paguem o PIS/Cofins com créditos tributários.

A grita foi geral, e com razão. O impacto da medida no caixa das empresas seria imediato e bilionário. Só na indústria, significaria um aumento de custo da ordem de R$ 29 bilhões até o final do ano e de R$ 60 bilhões em 2025, segundo a estimativa da CNI.

Quando uma empresa tem aumento de custo, ela repassa para o consumidor. Ou seja, a estrovenga causaria mais inflação e, assim, impediria a queda dos juros — quer dizer, se for respeitada a independência do Banco Central.

Diante do desastre anunciado, o presidente do Senado devolveu o trecho sobre a limitação que estava na MP do Fim do Mundo.

Veio à tona, então, por meio da apuração dos jornalistas Mariana Carneiro e Alvaro Gribel, que Fernando Haddad e sua equipe imaginaram o troço, o ministro não avisou os colegas da Esplanada, encarregou a Receita Federal de fazer o projeto — a Receita Federal que sempre calca a mão peluda do governo — e viajou para a Europa um dia antes do anúncio da medida. Ninguém se preocupou em calcular o impacto sobre as empresas e os consumidores. Só pensaram em avançar sobre o dinheiro alheio.

Como se não bastasse a trapalhada que Rodrigo Pacheco evitou em cima do lance, Lula foi a um evento no Rio de Janeiro e afirmou que “o aumento da arrecadação e a queda da taxa de juros permitirão alcançar a meta de déficit sem comprometer os investimentos”. 

Todo mundo ficou apavorado outra vez e o dólar disparou.

É límpido: o que o petista quer é depenar ainda mais as empresas e os cidadãos, baixar a taxa básica de juros na marra quando Roberto Campos Neto sair do Banco Central e aumentar a gastança. 

Não dá mais para fingir que Lula e a sua trupe de comediantes ministeriais têm responsabilidade fiscal e que sabem o que estão fazendo. Na realidade, eles não sabem nem mesmo como funciona uma padaria.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comMario Sabino

Você quer ficar por dentro da coluna Mario Sabino e receber notificações em tempo real?