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Foro de SP: PT mostra sua alma ao reconhecer a legitimidade de Maduro

Na caluda, o PT assinou a resolução do Foro de São Paulo que reconhece como legítima a vitória fraudulenta de Maduro. O que isso mostra

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Imagem colorida mostra Lula e Maduro se encontram antes da cúpula dos países sul-americanos - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Lula e Maduro se encontram antes da cúpula dos países sul-americanos - Metrópoles - Foto: Ricardo Stuckert/PR

Na caluda, o PT assinou uma resolução infame do Foro de São Paulo: a que reconhece como legítima a vitória fraudulenta do ditador Nicolás Maduro na eleição venezuelana.

O Foro de São Paulo, do qual o PT é um dos fundadores nos anos 1990, é uma congregação de partidos políticos e grupos terroristas de esquerda fundada nos anos 1990 para combinar estratégias de tomada do poder nos países da América Latina.

Durante muito tempo, o PT tentou negar a existência do Foro de São Paulo, dizendo que aquilo era fruto de mentes conspiratórias da direita brasileira. Diante das evidências, resolveu chutar o balde.

Uma congregação infame só pode ter pensamentos infames, mas o reconhecimento da legitimidade da fraude de Nicolás Maduro requer um oxímoro: é o píncaro da baixeza.  O roubo está mais do que provado com as atas eleitorais que foram entregues à OEA pela Fundação Carter.

Alguns petistas, como Tarso Genro, ficaram chateados com o reconhecimento. É conversa mole, porém, dizer que o jamegão do PT na resolução do Foro de São Paulo é desconectado do que  Lula pensa. O chefão petista é apoiador de primeiríssima hora de Nicolás Maduro, não considera que a Venezuela esteja sob o tacão de uma ditadura, apenas sob um “regime desagradável”, e só esperava um pouco de pudor na roubalheira eleitoral para que não fosse acusado de cúmplice na farsa da vitória bolivariana. O teatro de Celso Amorim, o chanceler brasileiro de fato, visava a manter o ditador no Palácio de Miraflores, tentando salvar as aparências.

Aparências. De acordo com o que o jornalista Pedro Venceslau, o PT  “não divulgou a resolução pró-Maduro por temer repercussões negativas nas eleições municipais, segundo fonte da legenda”.

Quando você faz algo errado sabendo que está errado, você adentra o campo da imoralidade. O PT, portanto, foi imoral ao omitir a existência do documento para evitar danos aos seus candidatos nas urnas — a maioria esmagadora dos brasileiros reprova o apoio de Lula e do seu partido a Nicolás Maduro.

Para além da imoralidade na circunstância, há a imoralidade da crença. A  assinatura do partido revela — como se ainda fosse preciso — que o PT não considera a democracia representativa como valor universal, sim como valor estratégico para chegar ao poder.

Ao relativizar a democracia como valor estratégico— aliás, o próprio Lula disse, em 2023, ao comentar a situação venezuelana, que “democracia é conceito relativo para mim e para você” —, o partido não vê problema no vale-tudo de Nicolás Maduro e congêneres para se manter no comando da Venezuela. E no vale-tudo vale mesmo tudo: inclusive prender, torturar e matar opositores, como faz o “regime desagradável” venezuelano. Afinal de contas, quem se opõe à redenção da humanidade não merece outro tratamento.

Um partido que apoia fraudes eleitorais no exterior pode se opor a eventuais fraudes eleitorais que o beneficiariam dentro do seu próprio país? Um partido que considera a democracia representativa valor relativo na Venezuela pode ser defensor sincero da democracia como valor universal no Brasil?

Admitir tais possibilidades é acreditar que duas posições morais conflitantes possam conviver tranquilamente na alma uma agremiação política. Impossível. O jamegão do PT no documento do Foro de São Paulo indica o que a sua cúpula pensa de verdade  — e o que ela gostaria de fazer aqui, se dispusesse de meios para tanto.

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